Em um dos filmes mais premiados de Hollywood Código de Conduta, Clyde Shelton é um dedicado pai de família que testemunha o assassinato da sua esposa e filha, um dos culpados pelo crime leva uma pequena pena, anos depois Clyde assassina cruelmente o criminoso o que o faz ser preso mesmo sem provas. Com o fito de denunciar a incoerência do sistema judicial em que assassinos sejam libertados ou tenham penas brandas, Clyde inicia uma sequência de assassinatos a todos os envolvidos no caso. Fora das telas a violência com as próprias mãos é uma realidade no Brasil tornando necessária a tomada de medidas que ajudem a resolver a questão. Segundo o filósofo contemporâneo Jean Paul Sartre, a violência independente de como ela se manifestar, é sempre uma derrota. À maior porcentagem de casos onde há violência com as próprias mãos é devido a falta de crença no julgamento da justiça brasileira e consequente falta de resolução dos casos vigentes. Além disso, casos em que delinquentes são flagrados furtando em determinado local ocorre grande mobilização popular de agressão física e moral ao meliante, o que evidência a incitação ao ódio e o sentimento de justiça cumprido nesses brasileiros que usam como desculpa a famosa frase “bandido bom, é bandido morto”. Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Por falta de funcionários e juízes disponíveis a maioria dos casos são arquivados sem julgamento o que faz com que os culpados saiam impunes. Ademais, réus primários e bom comportamento garantem penas reduzidas e pagamentos de fianças garantem liberdade precoce o que causa um sentimento de maior impunidade na população que desiste de crer na ação do Estado, o que leva a um aumento no número de justiceiros motivados a fazer justiça com as próprias mãos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O ministério da justiça deve instituir maior número de vagas em concursos públicos para juízes, delegados, entre outros funcionários para levar adiante e solucionar processos com mais rapidez e isonomia. De acordo com o filósofo Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Assim sendo, o poder legislativo deve rever e transmutar leis que garantem penas brandas e brechas para crimes hediondos configurando uma maior severidade e rigor em seus julgamentos.