A sociedade tem convivido, nos últimos anos, com um novo tipo de crueldade que está se disseminando como forma de justiça do povo, o linchamento de criminosos. Nesse sentido, a banalização da violência aliada à impotência do poder judiciário, estão fazendo com que os linchamentos seja cada vez mais recorrentes. Certamente, a violência, hoje, é algo tão comum e rotineiro que os “justiceiros” sentem pouco ou nenhum remorso em praticar esse ato. Pois, a brutalidade vivenciada ou relatada pelos jornais como a agressão e homicídio gratuito de policiais, a grande quantidade de estupros no Brasil, que chega à 130 por dia, são apenas algumas questões que se tornaram normais no Brasil. Além da trivialização da violência, a falta de confiança da população na justiça em relação à penalidade desses indivíduos e a certeza, por parte de quem agride, de que ele também não sofrerá as conseqüências é um incentivo à essa brutalidade. Visto que, embora as leis previstas na constituição sejam sólidas e justas, na prática elas nem sempre são aplicadas. Portanto, é necessário que o indivíduo que presencie uma injustiça ou uma negligencia por parte do governo em penalizar um infrator, se organize com ONGs e grupos da sociedade, para se manifestar nas redes sociais e na mídia. É importante também que, assim como a família, a escola seja um agente formador de caráter dos indivíduos, discutindo sobre a violência, suas causas em diversas situações e como evitá-la em sociedade, isso deve ser feito organizando rodas de debates, por exemplo, para que os cidadãos do futuro sejam mais cientes de seus atos.