Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Intolerância e discurso de ódio contra minorias

Redação enviada em 29/03/2019

De acordo com o filósofo Edmund Burke: "Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la". Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que a falta de conhecimento ou de recordação de eventos históricos como a Caça às Bruxas, na Idade Média, ou a perseguição nazista aos judeus, no contexto da Segunda Guerra Mundial, contribuem demasiadamente para que ações violentas como a intolerância e os discursos de ódio contra as minorias ainda sejam práticas comuns no cenário hodierno. Desse modo, combater essas ações e alterar o cenário vigente envolve não só o reconhecimento e a superação de um passado histórico, mas também o auxílio da educação na prática das relações sociais. Primeiramente, já dizia o filósofo Jean-Paul Sartre que "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". Nesse sentido, os vestígios da falta de direitos enfrentada pelas mulheres no século XIX, retratada no filme "As Sufragistas", assim como os maus-tratos sofridos pelos negros durante o período colonial brasileiro, retornam à contemporaneidade por meio de manifestações públicas ou na internet, que envolvem textos e comentários de cunho altamente pejorativo e preconceituoso. Relativo a isso, o emocionante caso da judoca brasileira Rafaela Silva, que durante as olimpíadas de Londres, em 2012, foi alvo de críticas e xingamentos por parte do público presente, simplesmente por ser negra, mostra que grande parcela da população ainda precisa rever suas ações e desconstruir os seus preconceitos e falsos julgamentos para que seja possível alcançar um determinado bem, tese abordada na Teoria dos Ídolos, de Francis Bacon. Outrossim, segundo a escritora e ativista social Helen Keller: "O resultado mais sublime da educação é a tolerância". Nesse viés, atualmente, é notável que, apesar dos avançados de direitos e respeito conquistados por algumas minorias, como os movimentos feminista e dos negros, outros grupos que se se consolidaram mais recentemente, caso do LGBT, ainda sofrem constantemente com a discriminação e os discursos de ódio. Por isso, é fundamental a conscientização da população, principalmente dos mais jovens, seja por meio de campanhas sociais, via mídia televisa, ou dentro das salas de aula, por meio de discussões, pois, se essas más práticas são aprendidas com a vivência dos indivíduos, como ocorre na organização racista e terrorista Ku Klux Klan, é necessário que eles também aprendam a abdicar delas, e isso pode ser feito por intermédio da educação, uma vez que, conforme Nelson Mandela, ela é a arma mais poderosa que pode ser utilizada para mudar o mundo. Sendo assim, visando impedir que os menos favorecidos da sociedade sejam lançados às "fogueiras da santa chama" ou enviados aos "campos de concentração" da época atual, medidas são indispensáveis para a sua alteração. Para tanto, é imprescindível que os professores fomentem o desenvolvimento e amadurecimento crítico dos seus alunos, por meio da criação de aulas interdisciplinares, que relacionem os fatos históricos mundiais com o assunto em análise e possibilitem aos docentes e discentes debaterem sobre essa pauta ao longo do ano, com o fito de permitir que os estudantes tenham conhecimento do passado e não perpetuem os mesmos erros dos indivíduos daqueles períodos. Assim, será possível reverter, ainda que gradativamente, esse imbróglio da sociedade.