O mundo passa hoje pela terceira revolução industrial, a geração da tecnologia informacional e da robótica, com a busca constante de máquinas cada vez mais avançadas. Com isso, os robôs inteligentes dos filmes de ficção científica estão cada vez mais próximos da realidade. Por um lado, essas tecnologias podem ter aplicabilidade em diversos setores, inclusive o doméstico, por outro, podem agravar a problemática do lixo eletrônico. Os robôs perfeitos como os do filme norteamericano “Inteligência Artificial”, de 2001, estão próximos de assumirem a realidade. Hoje já existem máquinas capazes de obedecer comandos altamente complexos, podendo servir até como babás e acompanhantes de idoso. Em 2014, o Jornal Nacional exibiu uma reportagem, na qual uma senhora italiana era cuidada por um desses robôs, que a acompanha, monitora e conversa com ela. Essa aplicação é de grande utilidade para idosos que moram sozinhos e até crianças que necessitam de babás. Todavia, a tecnologia despendida para a fabricação dessas poderosas máquinas e o descarte futuro delas, pode agravar os problemas com o lixo eletrônico. De acordo com relatório da ONU, em 2012, esse tipo de lixo totalizava 49 milhões de toneladas, quase 7kg por habitante. Desta forma, é necessário que sejam adotadas medidas para prevenir um aumento exorbitante do lixo eletrônico, com o avanço da robótica, como o reaproveitamento e mais estações de coleta. Cabe ao Estado, portanto, investir em postos especializados na coleta e reaproveitamento de lixo em diversas cidades do Brasil, associados a estações de reciclagem desses materiais, a fim de evitar a toxicidade à população. Além disso, deve-se investir na criação de mais polos tecnológicos nas universidades, no ensino de ciência e tecnologia, em cursos como engenharia mecânica, elétrica e mecatrônica, a fim de formar profissionais capacitados que contribuam tanto na fabricação de robôs, como no reaproveitamento do lixo gerado.