Título da redação:

o cérebro como um centro

Tema de redação: Inteligência Artificial: A geração ‘Z’ e o futuro são agora.

Redação enviada em 21/10/2015

O cérebro humano é formado por quatro 4 estruturas denominadas Lobos cerebrais, cada uma com uma função diferente Há 200 anos, o primeiro conceito sobre o cérebro estava sendo estudado por Descartes e Darwin. Eles discutiram sobre a percepção deixada por Aristóteles, que dizia sobre a existência da alma, uma substância que não depende do corpo é responsável pelas percepções humanas, e o cérebro tendo a função de resfriamento do corpo. Somente mais tarde, Darwin e outros cientistas impulsionaram os estudos do órgão e descobriram que, além da regulação da temperatura, ele é o responsável pelo funcionamento de todos outros órgãos e capaz de guardar informações ao longo de nossas vidas. Todos os dias, são realizados estudos e novas descobertas do cérebro, o que nos mostra que há muito a ser descoberto sobre a capacidade humana. Por incrível que pareça, nós humanos não temos conhecimento total de nossas capacidades. Ainda somos cautelosos, não queremos quebrar a barreira do que é normal para algo que não conhecemos, ou que não se tem provas concretas que sustentem o fato de sermos capazes de fazer coisas extraordinárias e que saltam dos livros de ficção cientifica. Assim como Platão disse, nós somos atrelados ao lado escuro da caverna e temos receio de experimentar algo novo, que seriam novas percepções sobre o corpo humano, sobretudo as capacidades de desenvolvimento cerebral. Nesse contexto, apesar de termos sofrido várias evoluções ao longo da vida, estamos, infelizmente, graduando e estagnando no patamar de escolher meios mais fáceis de raciocinar, assim nosso cérebro fica mais “preguiçoso”. A cada vez que usamos uma calculadora, estamos perdendo a capacidade cognitiva de elaborar uma conta e efetuá-la mentalmente, assim como nos fins de semana, quando dizemos que estamos de folga, e, por isso, não podemos realizar uma conta de cabeça, ou simplesmente pensar em algo novo para se escrever. Uma frase do professor de filosofia, Lucas Soares, me fez pensar sobre o fato de as pessoas estarem mais preocupadas com a beleza de seus corpos físicos, do que com a sua própria mente: “Tão mais importante que levantar mais de 20 quilos ou fazer mais de 20 abdominais é conseguir ler mais de 20 livros por ano”. A cada vez mais os livros são deixados de lado, o que faz com que a capacidade de desenvolver argumentos, elaborar textos, dentre outras ações, fique mais prejudicado, isso pelo fato de o cérebro não receber estímulos que o habitam a realizar tais manobras. O pensamento do homem é tão fraco e pobre que ao acordar, as reclamações de ter que ir trabalhar ou de viver mais um dia já o assolam, em contrapartida, um paciente de um hospital, ao acordar, agradece por viver mais um dia e poder apreciar sua família sem saber ao certo quando deixará de viver. Alguns cientistas, como Dr. Oliver Sacks, estudaram o comportamento humano com relação a problemas cognitivos e neurológicos, e visaram explorar os mistérios do corpo humano. Sacks conta em seus livros histórias de seus pacientes que sofreram algum tipo de problema cerebral e que, porventura, tiveram problemas relacionados à vida social. O médico aponta que podemos viver normalmente sem nenhum tipo de psicose, porém, um dia, podemos sofrer um acidente e perder totalmente a visão das cores - o que é raro - e vivermos num mundo de preto e branco. “Daltonismo, é algo congênito—uma dificuldade pra distinguir vermelho e verde ou em outras cores, ou (o que é extremamente raro) a incapacidade de enxergar todas as cores.”, diz o médico em sua obra. O cérebro é um dos órgãos que requer maior atenção, porque é ele o responsável por estímulos, destinações entre cores, objetos e é capaz de guardar lembranças. Assim como os músculos dos atletas necessitam de atividades físicas para se manterem, o cérebro humano requer atividades para que possa funcionar adequadamente. Simples atos, como ler um jornal e se manter atualizado sobre as notícias, exercitar cálculos mentais, e outras maneiras mais complexas, como, escrever com a mão oposta, realizar movimentos com os pés para pegar algum objeto, simples mudanças no cotidiano podem influir sobre toda vida de um indivíduo. Nós somos os portadores do conhecimento que foi acumulado desde a era dos Homo sapiens, como se proteger, plantar sementes colher frutos. Agora nossa capacidade de realizar ações aumentou, mas também aumentou a preguiça e a indisposição do homem, isso o deixa limitado ao conhecimento e a descoberta de novas ideologias. Assim sendo, torna-se um homem fraco em efetuar novas ações. Não busque apenas conquistar cargos por apenas altas remunerações ou maiores benefícios, busque o conhecimento por trás desse trabalho, mesmo que seja atrás de um computador ou dar aulas em uma escola, busque aquilo que faz o seu trabalho ser diferente. A realização é, em minha opinião, um dos maiores sentimentos que posso sentir, acho que a maior e mais antiga sensação que posso ter é de estar vivo, vivo para contemplar as ações que sou capaz de fazer, vivo para pensar e relembrar memórias antigas e vivo para compartilhar o que aprendi, tudo isso através do meu cérebro, é ele que diz os meus atos, e meus atos dizem quem eu sou. A vida é pequena para aqueles que não sabem aproveitá-la, e menor ainda para aqueles que só sabem reclamar. Uma fala do grandioso médico e escritor Oliver Sacks, falecido no último dia 30, que mesmo, após deixar de viver, deixou-nos grandes estudos sobre os mistérios do corpo humano, diz “Nos últimos dias, consegui ver a minha vida como a partir de uma grande altura, como um tipo de paisagem, e com uma sensação cada vez mais profunda de conexão entre todas suas partes. Isso não quer dizer que terminei de viver. Pelo contrário, eu me sinto intensamente vivo, e quero e espero, nesse tempo que me resta, aprofundar minhas amizades, dizer adeus àqueles que amo, escrever mais, viajar se eu tiver a força, e alcançar novos níveis de entendimento e discernimento.”