Desde o início das civilizações, o homem vem buscando descobrir cada vez mais sobre o mundo em que vive, assim como criar formas de tornar sua vida mais fácil, menos cansativa, mais produtiva e lucrativa. A mecanização, ou seja, o uso de robôs foi nada mais que mais uma das inúmeras invenções que objetivavam tais fins, tornando a produção mais rápida e eficiente ao mesmo tempo. Contudo, tal processo acabou por levar à substituição do homem pela máquina em diversas atividades, provocando alto índice de desemprego e tornando o ser humano mais um “produto obsoletos”. Computadores inteligentes, celulares que falam com seus donos, robôs que tomam decisões não são mais apenas histórias encontradas em livros de ficção científica; na verdade, são a mais pura realidade, é a chamada “inteligência artificial”. Empresas em todo o mundo investem milhões nesta área na tentativa de criar “seres” cada vez mais autossuficientes e com alta capacidade de entendimento, capazes de realizar qualquer tipo de tarefa realizada pelas pessoas com maior rapidez e produtividade. Contudo, nem tudo são flores. Seu uso acaba por elevar o número de desempregados, principalmente do desemprego do tipo estrutural — em que o trabalhador perde seu emprego e também sua função no mercado de trabalho. Ou seja, ao mesmo tempo em que há tamanho desenvolvimento no âmbito tecno-científico-informacional, acaba causando o aumento das desigualdades sociais, pois os prejudicados agora não mais terão mercado de trabalho e haverão de contentar-se com atividades menos remuneradas e que podem não condizer com seu nível intelectual. Outra polêmica em relação a estas máquinas é o nível de inteligência que estas criaturas podem alcançar e se elas poderiam, um dia, acabar tomando de vez o lugar do ser humano; afinal, estão surgindo modelos cada vez mais desenvolvidos e com alta capacidade cognitiva, alguns até chegando a identificar emoções, o que é, ao mesmo tempo, um avanço e um possível obstáculo para o homem no futuro, pois sendo mais resistentes e perfeitos, nada poderia detê-los de tomar a posição de seus criadores. Filmes como “AI — Inteligência Artificial” e “Avengers: A era de Ultron” tematizam, respectivamente, o desenvolvimento de emoções e o extermínio da raça humana por estes seres autômatos. Mediante o que foi apresentado, é correto afirmar que o desenvolvimento de tal ciência é benéfico e, ao mesmo tempo, é capaz de trazer vários males. Os governos e centros de pesquisas devem trabalhar juntos para definir até que ponto esta tecnologia é benéfica e também para que não provoque problemas sociais, principalmente de desemprego, além de divulgar estas novas descobertas para a população, para que esta também possa usufruir, afinal, estas foram criadas para melhorar e facilitar a vida de todos na sociedade.