Smartphones. Smartwatches. Notebooks. Ebooks. Com o advento da Terceira Revolução Industrial, as portas do mundo se abriram para uma conexão a nível global, caracterizada pela rápida troca de informações e notícias em tempo real. Essa vasta gama de possibilidades que o mundo globalizado proporciona foi chamada de “modernidade líquida”, pelo sociólogo Zygmunt Bauman. Mas até que ponto o avanço da tecnologia é benéfico a sociedade? Durante a Segunda Guerra Mundial, as tecnologias bélicas e comunicacionais receberam forte investimento. Anos mais tarde, surgiram os tecnopólos, como o Vale do Silício, nos Estados Unidos, que pesquisam e desenvolvem processadores e aparelhos que possam calcular, escrever e desempenhar funções antes restritas ao homem, a chamada inteligência artificial. Diversos ramos de pesquisa utilizam esse avanço tecnológico para desenvolver mecanismos de busca virtual, como o Google e o Facebook. Além do meio virtual, outros setores inseriram tecnologia de ponta, como na fabricação de equipamentos cirúrgicos com total precisão e carros com sensores e dispositivos que aumentam a segurança do passageiro, tornando incontestável a afirmação do sociólogo Auguste Comte, de que a ciência pode ser usada para construir um mundo melhor. Porém, a possibilidade de estar conectado em qualquer lugar deixou a população submissa a tecnologia. Muitos perderam a habilidade de efetuar simples cálculos matemáticos sem o uso da calculadora. O desejo incessante por autorretratos em qualquer lugar atrapalha o convívio com outras pessoas, deixando o usuário viciado em seus aparelhos. Portanto, assim como o ramo da bioética estuda a relação entre aspectos morais e biologia, surge a necessidade de um estudo aprofundado sobre as consequências da tecnologia no meio social, com profissionais qualificados que busquem resultados satisfatórios sobre o uso de aparelhos eletrônicos. Os pais também devem coibir o uso intensivo de equipamentos tecnológicos desde a infância, incentivando a leitura, o pensamento crítico e o convívio em grupo.