Título da redação:

Da máquina enquanto homem

Tema de redação: Inteligência Artificial: A geração ‘Z’ e o futuro são agora.

Redação enviada em 31/08/2015

A sequência de revoluções industriais e tecnológicas coadunada à mudança dos paradigmas morais das sociedades contemporâneas globalizadas e hiperconectadas ao mundo virtual modificaram sobremaneira a visão do homem sobre sua dependência em relação à tecnologia, tornando necessário, portanto, criar maneiras de humanizar as máquinas; pois, dessa forma, o homem poderá, infelizmente, tornar-se máquina. Essa busca pelo antinatural determina-se como a vontade de concretizar a potência criativa do homem e de amenizar as expectativas afetivas impostas pelas relações interpessoais. Ou seja, muitos dos seres humanos acreditam que poderiam suprir suas necessidades afetivas com o desenvolvimento da IA (Inteligência Artificial). Isto pode ser observado no filme Ela ("Her", no título original), no qual o protagonista se apaixona por uma avançada tecnologia de Inteligência Artificial - o que, segundo o contexto do filme, não é condenável, já que, filosoficamente, a tecnologia apresenta-se como pessoa, apesar da inexistência de seu corpo. Dessa maneira, surge o problema ético da questão: o que faz com que um ser dotado de toda a capacidade intelectual humana não seja uma pessoa detentora de direitos? Se ela pode sentir e pensar como pessoa, não pode ser tratada como objeto. Apesar de este ser, ainda, um problema do futuro, já preocupa a atualidade. Portanto, a atual geração "Z" terá de lidar com os problemas que a emergente tecnologia apresentada determina, impedindo que seja, o homem, transformado em máquina - um ser acrítico e insensível -, e a IA passe a tomar seu lugar. Destarte, o Poder Público deve promover, por meio da educação pública, o ensino da coexistência da criança e do adolescente com essa tecnologia, para que o problema da desumanização do homem não seja realidade futura.