A Revolução Tecnológica trouxe consigo avanços inimagináveis em outras épocas, como a comunicação intercontinental instantânea e o sistema de posicionamento global (GPS). Atualmente, presenciamos a expansão dessas conquistas, com o desenvolvimento da inteligência artificial. Porém, seu objetivo final não é exclusivamente melhorar a qualidade de vida da população, como as outras tecnologias o foram. Isso porque a inteligência artificial é usada visando melhorar o marketing empresarial, através do acesso às informações pessoais presentes na rede para definir o público alvo das propagandas veiculadas por essas empresas. Assim, além de violar a privacidade das pessoas, isso dá margem à seleção de fatores presentes nas propagandas que conduzissem os indivíduos ao consumismo, aumentando o número de consumidores compulsivos. O desenvolvimento dessa tecnologia, no entanto, traz consigo ameaças maiores. No filme Vingadores: A Era de Ultron, por exemplo, uma inteligência artificial planeja extinguir a humanidade, por considerá-la pouco evoluída, e substituí-la por seres criados para esse fim. Isso mostra que não há como prever o comportamento de tais inteligências quando elas forem independentes dos humanos. Além disso, o uso militar desse recurso também traz grande perigo, pois as inteligências artificiais têm o potencial de prever nossas ações futuras baseadas em nosso passado, podendo chegar ao nível de exterminar possíveis criminosos, já que máquinas certamente ignorarão ética e direitos humanos. Portanto, a criação de inteligências artificiais deve ser tratada com responsabilidade, pois o futuro de nossa espécie pode estar em jogo. Debates públicos sobre o assunto, com a finalidade de criar leis que regulamentem seu uso, bem como a proibição de armas inteligentes, através de tratados internacionais, se fazem necessários e indispensáveis.