O parasitismo é uma das relações ecológicas interespecíficas desarmônicas. Pode-se fazer uma analogia entre os parasitas biológicos e algumas das grandes empresas instaladas no País, pois para estas o lucro é visado acima da consciência ambiental, e o hospedeiro, que no caso é a natureza, sofre prejuízos sem precedentes. Diante dessa realidade, ocorreu um dos maiores desastres ambientais já documentados: O rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, que serviu para mostrar que fatos dessa natureza ocorrem em virtude da exploração irresponsável da iniciativa privada em consonância com a omissão do Governo na fiscalização dessas práticas. Entretanto, o desastre serviu também para fomentar a participação popular nas discussões sobre o meio ambiente no País. Nessa perspectiva, é importante perceber que o Brasil vive um período de crise econômica, e uma das soluções é recorrer à empresas multinacionais, atraindo-as com incentivos fiscais, com a diminuição de taxas e com a isenção de impostos. A medida econômica é válida, contudo, o Brasil é um país que é atrativo por ter diversos recursos naturais que podem ser explorados, como minérios, florestas e rios. Dessa maneira, há diversos problemas ambientais que são causados em virtude da exploração descomedida, a qual o Estado não fiscaliza de forma efetiva, "aliviando" certas regras para lucrar em esquemas de corrupção. Assim, casos como o desastre de Mariana ocorrem todos os dias de forma diminuta, com o desmatamento, a exploração da fauna, a poluição dos rios e a lixiviação dos solos. Outrossim, além dos problemas trazidos à tona com o desastre de Mariana, houveram também virtudes no que diz respeito à consciência ambiental. Nunca antes um desastre ambiental brasileiro causou tanto impacto midiático, o qual foi feito não só pelas redes televisas, mas também por meio das redes sociais, que serviram para mobilizar campanhas de solidariedade às vítimas do desastre e também serviram para criar uma senso crítico para a questão ambiental no Brasil. Contudo, casos de irresponsabilidade ambiental não podem ser combatidos apenas depois de grandes desastres, e a maioria da população ainda é apática à tais casos, o que mostra que há a necessidade de educar o brasileira nas questões ambientais. Fica claro, portanto, que a população deve mobilizar campanhas nos meios de comunicação e criar movimentos sociais, demonstrando assim participação política, que visem cobrar do Governo a criação de novas leis de preservação ambiental, como o fechamento de empresas que poluem em excesso a natureza e com fiscalizações rigorosas que devem ser feitas por órgãos governamentais em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. Além disso, cabe ao Governo, em conjunto com o Ministério da Educação, inserir na grade curricular de ensino o estudo sobre a preservação do meio ambiente, para que as futuras gerações possam ser mais conscientes nesse aspecto. Por fim, cabe a organizações não governamentais,(ONG's), levar a educação ambiental para a população por meio da mídia, com propagandas, mobilizações, palestras e com a utilização das redes sociais.