Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Impactos: as virtudes do desastre de Mariana

Redação enviada em 15/10/2016

Os versos do poema "Lira Itabirana" de Carlos Drummond de Andrade carregam um tom crítico sobre os efeitos da mineração no meio ambiente. Em 2015, o desastre ecológico causado pelo rompimento da barragem de Mariana traduziu a poesia profética em uma realidade triste e devastadora, assim, comprovou que os investimentos capitalistas podem mudar o ambiente ao redor. Dessa maneira, faz-se necessária a correta regulamentação da Política Nacional de Segurança de Barragens. Isso porque, consoante a Paul Watson, "inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente". Assim, os órgãos públicos, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e a sociedade, em geral, não deve ignorar os prejuízos ocasionados nas diversas esferas sociais devido ao rompimento da barragem, por exemplo: a destruição de estruturas públicas, históricas e de áreas agrícolas, além da morte do Rio Doce e da sua biodiversidade que resultou em agravos financeiros à população local dependente do turismo e dos recursos naturais. Ademais, a morosidade judicial e os déficits de fiscalização são responsáveis pela negligência de órgãos públicos e privados. Esse contexto é evidenciado pela omissão em questões de segurança da responsável pela barragem, a empresa Samarco, como também pelos órgãos do governo, nesse caso, o Departamento Nacional de Produção Mineral, que realizou sua última vistoria no local em 2012. Portanto, é preciso que vetores de mesma intensidade ajam nessas questões políticas, econômicas, e ambientais, para que haja uma economia equilibrada, justiça social e manutenção da qualidade do meio ecológico. Destarte, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. À vista disso, o Governo Federal deve aplicar sanções mais severas aos responsáveis do desastre ambiental, a fim de evitar que outras mineradoras sejam negligentes com a segurança de outrem. Outrossim, as grandes ONGs ambientalistas podem cobrar ações mais eficazes dos órgãos de fiscalização, com o fito de impedir a impunidade dos transgressores.