Em 2015 ocorreu um desastre tanto ambiental como social na cidade de Mariana em Minas Gerais. Um impacto com essa magnitude pode ser comparado com tragédias ocorridas nas Filipinas, que apesar de apresentar virtudes desastrosas ao meio ambiente não trouxe preocupação por parte da empresa envolvida. Essa despreocupação com as normas ambientais e técnicas de armazenamento de rejeitos, acarretou em prejuízos marcantes para a sociedade brasileira e principalmente a população de Mariana. O crescente surgimento de empresas em busca da exploração da mão de obra assalariada e de recursos naturais é o que caracteriza o universo capitalista. Há um paralelo entre os benefícios e os prejuízos que esse sistema de produção possa trazer. Os benefícios estão seguramente acumulados nas mãos de grandes empresários, que enriquecem com a exploração do trabalho de uma grande maioria. Consequentemente o prejuízo se da à classe trabalhadora, que além de ganhar uma pequena parte do valor produzido, ainda sofre com as consequências dos descasos dessas grandes empresas para com o meio ambiente e a população, como é o caso da VALE do Rio Doce. A instalação da VALE no Rio São Francisco já vinha apresentando a muitos anos problemas. Estes, relacionados à falta de cuidado com as barragens que conferiram estar fora dos parâmetros técnicos e fora dos mandamentos legais. Assim a empresa foi caracterizada como irregular, por principalmente, se interessar apenas com os lucros obtidos e não com as consequências que essa despreocupação poderia trazer. Porem não se pode deixar de responsabilizar também os entes públicos, que não fiscalizavam essas questões com maior cuidado, podendo assim, impedir o funcionamento irregular da VALE. Apesar de ter sido um impacto de grande magnitude ambiental, não houve muita mobilidade por parte da sociedade brasileira, entes públicos e tão pouco da empresa envolvida. Esse descaso e a irresponsabilidade por parte de grandes empresas como a VALE conferiu consequências ambientais e sociais que serão irradiadas durante muitos anos. Contudo, palavras de conforto não resolvem os problemas posto, mas uma intervenção que venha restituir o que foi devastado, já é um grande passo.