A exportação de commodities é a principal atividade econômica do Brasil, o qual representa 65% do valor das vendas para outros países, segundo levantamentos recentes da Conferência das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento. Não obstante, a data 05 de novembro de 2015 foi marcada pelo maior desastre ambiental brasileiro: o rompimento da barragem que continha rejeitos de minério de ferro no vale do Rio Doce, em Mariana-MG. Milhões de plantas e animais morreram, centenas de agricultores e pescadores da região foram prejudicados. O evento trouxe impactos devastadores para a sociedade e para o meio ambiente. É válido destacar, antes de tudo, que o rio era negligenciado a décadas pelas autoridades públicas. Medidas de acautelamento, como adição de floculantes à agua e implementação de filtros, nunca foram adotadas. Consequentemente, o acontecimento foi ainda mais assolador. Trilhões de organismos foram mortos, incluindo espécies endêmicas que foram extintas. Concomitantemente, diversas teias alimentares foram afetadas. O esgoto era, ainda, depositado no rio. Com a vida aquática ainda existente na região, os dejetos orgânicos eram reciclados naturalmente. Com a morte em massa dos animais e plantas, não há reciclagem. Por conseguinte, há o aumento de bactérias patogênicas. Doenças, como esquistossomose e dengue, serão frequentes, consequência deplorável para a sociedade. Fica claro, portanto, a importância de preservação ambiental e o quão catastrófico acontecimentos como o do vale do Rio Doce é, não só para as espécies da fauna e flora, mas para uma sociedade inteira. Destarte, o governo deveria implantar fiscalizações rigorosas, a fim de evitar novas tragédias. Outra proposta seria a adoção de um novo modelo econômico pelo Estado, com alicerce em sustentabilidade. A mídia poderia ajudar no processo pressionando as autoridades públicas acerca da importância da diligência com os recursos naturais.