O desastre ocorrido no início de novembro de 2015 na cidade mineira de Mariana é considerado o maior desastre ambiental que aconteceu no Brasil. Inúmeros impactos afetaram não apenas o meio ambiente, como também toda a sociedade que ali vivia. Para minimizar os impactos causados, existe sim uma solução, porém para chegar até ela, é preciso primeiramente que os responsáveis pelo rompimento da barragem de Mariana reconheçam que, palavras de comoção não resolverão o problema causado. Um dos motivos que ocasionou o rompimento da barragem da Samarco foi o mau planejamento. Os responsáveis pela construção da barragem visaram inicialmente apenas o lucro de uma minoria, e não analisaram os prejuízos caso essas barragens rompessem, que claramente poderiam acarretar para a maioria da população, afetando também assim as gerações que viverão futuramente naquele local. Segundo o filósofo alemão, Hans Jonas, o futuro não pode ficar refém de atos irresponsáveis para aqueles que eventualmente venham a nascer tornando-o inviável para esses futuros (eventuais) seres. E para que fosse possível evitar que este desastre não ocorresse, seria necessário que desde o principio houvesse um planejamento que visasse não apenas as partes que lucrarão, mas sim toda a sociedade envolvida. Outro fator que contribuiu para o rompimento da barragem foi à falta de fiscalização por parte de governo. Essa falta de fiscalização ocasionou no desregulamento da construção das barragens e manutenção. O que demonstra uma enorme falta de responsabilidade social por parte do governo com a população. E para reverter esse cenário é preciso não apenas multar as empresas responsáveis pelo desastre, como também o governo responsável pela fiscalização do local. São inúmeros os impactos causados pelo desastre de Mariana: morte de animais e plantas, causando desequilíbrio ecológico; crise hídrica; suspensão da atividade pesqueira; entre outros impactos causados. A solução diante de tantos problemas parece distante, entretanto medidas a longo e médio prazo poderão reverter a situação atual. Inicialmente é preciso multar as empresas responsáveis pelo rompimento da barragem, e transformar esse dinheiro em obras sociais que acolham as famílias afetadas pelo desastre. E segundamente é preciso criar um fundo de investimento para a recuperação da bacia, através de investimentos feitos principalmente pelo governo responsável pela fiscalização das barragens da Samarco, e conseguir o dinheiro necessário para colocar em prática a recuperação das 377.000 nascentes da bacia do Rio Doce. Um projeto de longo prazo, que deve gerar frutos apenas daqui a duas ou três décadas. Mas que sem sombra de dúvidas, é a melhor solução mediante ao desastre causado.