Com o rompimento da barragem da Samarco em novembro de 2015, o mundo conheceu o maior desastre com barragens do mundo que destruiu o ecossistema ali presente. Esse acidente gerou um grande impacto ambiental, social e econômico, deixou milhares de pessoas sem condições mínimas de vida e tudo isso poderia ter sido evitado se não houvesse um viés capitalista. Milhares de pessoas tiveram suas casas destruídas devido ao rejeito despejado, o solo tornou-se inadequado para agricultura, devido a presença de pouca matéria orgânica, e metais pesados e da alteração no pH do solo; a lama tóxica que contaminou os rios, os deixou impróprios para consumo e para sobrevivência de seres vivos, assim diminuindo a biodiversidade do local, efeitos que serão percebidos nas cadeias alimentares existentes. Além disso, a lama liberada irá demorar anos para secar completamente deixando o local inabitável, ou seja, nada poderá ser construído, fato que agrava ainda mais a situação dessas pessoas. Antes do rompimento da barragem houve laudos técnicos que apontavam problemas graves, mas que foram negligenciados pelas empresas que controlam a mineradora Samarco, que deveriam ter tomado mais precauções para que não houvesse danos tão catastróficos. A sede pelo lucro a qualquer custo, apoio econômico e político ainda são mais importantes do que a vida e bem estar da população e do meio ambiente, esse descaso ocasionou inúmeras mortes tanto de pessoas quanto de animais. É de suma importância que a impunidade acabe no país, pois é um fator extremamente agravante, a negligência também não pode ser tolerada e para mudar esse cenário é necessária uma reforma no Código Florestal e nas leis de licença ambiental para empresas, para concessão dessas licenças devem-se levar em conta muitos fatores, como o social. Maior fiscalização por parte dos órgãos competentes e pala própria empresa para tomar as medidas necessárias para que acidentes dessa magnitude não aconteçam novamente.