Em novembro de 2015, a barragem da mineradora Samarco se rompeu, liberando mais de 50 milhões de metros cúbicos de lama diretamente no Rio Doce (não mais doce). Diante disso, toda a biodiversidade daquela área foi afetada. Além disso, as vidas de milhares de pessoas foram obrigadas a mudar da noite para o dia – muitas vezes, sem o apoio necessário –. Logo, a irresponsabilidade da empresa, aliada à falta de fiscalização dos entes públicos, conseguiu matar um rio e grande parte da população de Mariana e de outras partes do Brasil. É válido considerar, antes de tudo, o fato de uma minoria se enriquecer em detrimento da maioria. A mineradora Samarco lucrava bilhões de reais anualmente em função da exploração de recursos naturais. Mesmo assim, não houve a preocupação de evitar um desastre ambiental e social de tamanha magnitude. Em vista disso, espécies endêmicas de peixes que vivam no Rio Doce morreram e foram, possivelmente, extintas. Outrossim, milhares de pessoas dependiam dos recursos do rio para sobreviver. Desse modo, é evidente que esse acontecimento conseguiu arruinar tanto o lado ambiental quanto o social. Vale ressaltar, ainda, a ineficiência das ações que deveria ajudar àqueles que foram afetados por esse episódio. O discurso adotado pela empresa se baseia na compreensão, mesmo sendo responsável por destruir uma cidade e um rio inteiros. Assim, uma população quase inteira está desamparada, uma vez que suas casas e seus trabalhos foram destruídos juntos com a barragem. Fica claro, portanto, a necessidade dessa empresa ser responsabilizada pelos crimes que cometera. Diante disso, é preciso que o dinheiro das indenizações seja usado para revitalizar o Rio Doce e para ajudar as vítimas dessa tragédia. Ademias, é vital que os entes públicos não sejam omissos como foram em Mariana, pois se a fiscalização fosse feita corretamente, medidas poderiam ter evitado todo esse transtorno. Somente assim, o Rio Doce poderia voltar a ser realmente doce.