Súbito e avassalador, o desastre na cidade de Mariana - Minas Gerais foi considerado uma das maiores tragédias do gênero nos últimos 100 anos. A empresa Samarco, responsável pela barragem destruída, justifica que horas antes do desastre foram sentidos tremores que teriam supostamente desencadeado o rompimento da barragem. Contudo, os prejuízos sociais, econômicos e principalmente ambientais levarão anos para serem reparados. Passado o clímax da tragédia, a mobilização nacional é para ajudar a cidade a se recompor. A Samarco garantiu 1 bilhão de reais para o ressarcimento dos danos ambientais, podendo também arcar com os prejuízos pessoais da população. Não há como negar que toda a ajuda, como as doações de bens materiais, será bem-vinda para essas pessoas, mas também há a questão do trauma psicológico pelo qual os moradores passaram, pois além das perdas materiais, a tragédia fez vítimas fatais. Prejuízo esse que nenhuma indenização poderá suprir. Diante disso, é imprescindível que as autoridades tenham maior rigidez na avaliação dos projetos de empresas mineradoras e quaisquer outras que possam desencadear problemas do gênero, de modo que os mesmos possam ser evitados. Também se faz necessário arcar com os danos ambientais e sociais com apoio do governo, como tentativa de sanar os traumas físicos e psicológicos sofridos pela população, como consta nos direitos humanos.