Título da redação:

Lama do Sem Fim

Tema de redação: Impactos: as virtudes do desastre de Mariana

Redação enviada em 19/04/2016

Comparando a indústria do cacau à atual mineração, o desastre em Mariana pode ser facilmente encontrado non romance de Jorge Amado, Terras do Sem Fim. A busca cega pelo lucro, irresponsabilidade ambiental, mortes e desaparecimentos são características que assemelham dois penosos marcos históricos. O rompimento da barragem de rejeitos tomou da população mineira a saúde, o teto e a paz. Os danos permeiam o irreversível no tocante da diversidade ambiental. Volumes absurdos de lama tóxica destruíram o ecossistema local em todas as instancias. A comunidade foi terrivelmente desrespeitada pelas empresas e pelo governo. Tudo pelo sagrado lucro, pelo capital privado e pelos acordos. Mas toda consequência vem de uma ação, e não existem ações sem agentes. Muito se refere a esse desastre como “de Mariana” quando na realidade é da Vale, da Samarco. A mudança pode parecer inútil ou até ingênua, mas há toda uma movimentação midiática que tenta retirar ao máximo a culpa dessas empresas. Mas a perda incalculável de matéria viva tem endereço certo. O governo prefere manter os direitos liberais das empresas ao invés de recorrer a elas e garantir de uma vez por todas a reforma do que resta de bem estar àquela população. Portanto, para que nenhum Horácio ou Badaró permaneça danificando as referencias ambientais restantes, à Samarco\Vale cabe a implantação de projetos para a revitalização das águas e restruturação da comunidade. Ao governo, a administração e fiscalização tanto da qualidade das obras privadas como sobre o projeto pós-desastre. Assim, a dignidade daquela população poderá se restabelecer e poderão recomeçar tudo outra vez.