É possível afirmar que a tragédia de Mariana foi o pior desastre ambiental do mundo, visto que superou os episódios que ocorreram nas Filipinas em 1892 e 1992. A lama despejada na bacia do rio Doce, não apenas acarretou impactos ambientais, como também prejudicou a população que vivia nas proximidades desse rio. A lama despejada ocasionou graves consequências para o meio ambiente. Em primeiro lugar, sucedeu a diminuição de oxigênio na água, já que a turbidez causada pelos sedimentos impediu que as plantas fizessem fotossíntese, logo isso provocou a morte de plantas e animais, que dependiam de oxigênio. Em segundo lugar, houve a extinção de alguns animais, porque sua espécie só era encontrada na bacia do rio Doce. Além disso, 15 municípios foram afetados pela lama, onde a maioria desses dependia do rio para o abastecimento de água e como meio de subsistência através da pesca. Ainda mais, na água do rio existiam microrganismos que reciclavam o esgoto que era despejado pelas populações ribeirinhas, no entanto com esses microrganismos mortos, não haverá mais essa reciclagem, ocasionando poluição da bacia. Dessa forma, a poluição irá atrair vetores de doenças como a dengue e a esquistossomose, comprometendo a saúde publica. Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse. Acima de tudo, o Ministério do Meio Ambiente deve começar uma limpeza no rio Doce com a ajuda de floculantes, para que os rejeitos se depositem no fundo e a água fique limpa novamente. Após a limpeza deveriam, também, colocar espécies de peixes e outros animais para habitarem o rio e formarem uma nova comunidade. O Ministério da Saúde deve reforçar, com mais médicos e medicamentos, os hospitais públicos dos municípios afetados, caso haja surtos de dengue e esquistossomose. Por último, o Governo Federal deve dar abrigo, alimentação e suporte financeiro para as famílias que foram afetadas pela lama.