O desastre das barragens de mineradoras em Mariana serviu de alerta para a generalizada falta de fiscalização do governo. É difícil calcular o prejuízo ambiental, econômico e social causado no local do acidente. Porém, promoveu a habilidade da população em lidar com obstáculos e adversidades. Em primeiro lugar, vale ressaltar que os danos ambientais foram gigantescos, mas algumas espécies sobreviveram. A evolução no meio científico já é considerado, praticamente, um fato, e a seleção natural, proposta pelo naturalista Charles Darwin, revela a pressão ambiental sobre os seres vivos. Mesmo que muitos tenham morrido, as espécies mais aptas sobreviveram e os seres humanos possuem o desafio de não se abalarem com os percalços. Entretanto, o Estado deve abrigar e alimentar as vítimas, uma vez que houve erros de fiscalização e manutenção de mineradoras. Além disso, evidencia-se a morosidade do governo brasileiro em amenizar o problema. Contudo, a sociedade pode reivindicar mais essa necessidade com manifestações populares, melhor organizadas com o advento das redes sociais. O acidente proporcionou melhoria de técnicas empregadas em prejuízos ambientais, além do teste da eficácia dos estudos e ferramentas utilizados no controle da destruição da natureza. Fica claro, portanto, que o problema das barragens em Mariana também teve seus benefícios, no sentido de avisar o governo e a população sobre os impactos ambientais promovidos pela ambição humana. Ademais, a autonomia dos pesquisadores nos desastres é tão importante quanto a disponibilidade de verba. A experiência também influenciou no fator tempo e de como ele é crucial. Resta ao Estado brasileiro garantir os direitos a moradia, alimentação e educação, além de uma indenização financeira aos afetados.