Em novembro de 2015 o Brasil parou na frente de seus televisores para acompanhar um desastre de dimensões nunca vistas antes: acabará de romper a barragem da mineradora Samarco despejando em Mariana(MG) uma grande quantidade de lama tóxica que acabou matando pessoas e destruindo todo o ecossistema que estivesse no seu caminho, quase seis meses depois e as famílias afetadas ainda não foram sanadas pelos reais responsáveis. A lama tóxica da Samarco não destruiu só Mariana, a lama percorreu rios, matando todos os ecossistemas e prejudicando quem sobrevive da pesca na região, invadiu praias, tornando-as impossíveis de se nadar, uma parte da lama foi para o mar a outra continuou em Mariana e secou, secou com pessoas, animais e plantas mortos, a lama da Samarco matou Mariana. Foram 19 mortos, que no decorrer das semanas a maioria dos corpos foram encontrados, e mais de 300 famílias perderam suas residências, 6 meses depois do maior acidente envolvendo barragens no mundo e as famílias ainda aguardam a mineradora restituir suas casas destruídas. Embora seja necessário à Samarco a contabilização dos prejuízos que as famílias tiveram no desastre não faz sentido levar tanto tempo assim, o único segmento da sociedade que deu o necessário apoio aos atingidos foi o povo brasileiro e algumas instituições com doações que conseguiram suprir as necessidades mais básicas das vítimas, com comida, água e até dinheiro que foi dividido para todos no mês de março deste ano. Em suma, a Samarco até hoje não cumpriu sua obrigação de devolver o que tirou materialmente dos moradores de Mariana, a única virtude em todo este desastre foi a do povo brasileiro e algumas instituições através de suas doações. Quanto mais o tempo ficar distante de novembro de 2015 mais as pessoas se esqueceram e menos cobraram das autoridades, é indispensável a mobilização das massas não só nas redes sociais mas também nas ruas pressionando as instituições privadas envolvidas e também o Governo Federal para o ressarcimento o quanto antes das residências perdidas.