Ao final do ano de 2015, os brasileiros foram surpreendidos pelo pior acidente com barragens de minério do mundo. Há 100 anos não era registrado algo tão grandioso em nenhuma parte do planeta. Não se sabe se por despreparo técnico ou por irresponsabilidade, a barragem de rejeitos de minério, que desmoronou criando uma onda de lama com mais de 50 milhões de metros cúbicos, devastou o distrito mineiro de Bento Rodrigues em Mariana. As famílias locais, vítimas do desastre ambiental, lutam para tentar se reerguer em meio a explicações vazias e pedidos de compreensão por parte da empresa responsável pelo ocorrido. Além de todo o prejuízo causado aos habitantes vizinhos à barragem, o ecossistema do Rio Doce também ficou completamente prejudicado. Suas águas, que outrora eram a fonte de vida de milhões de pessoas, perderam uma infinidade de peixes e grande parte da população do Sudeste do país teve seu abastecimento comprometido por conta desse fato. Apesar de que a empresa esteja tentando amenizar o sofrimento dos atingidos, provendo moradias temporárias e ajudas financeiras, essas famílias provavelmente nunca serão capazes de recuperar a vida que tinham antes. A vida pluvial que era riquíssima provavelmente levará anos (ou até décadas) para se recompor, segundo especialistas. A fim de que a sociedade brasileira, e mundial, não precise ver novamente tamanha desgraça socioambiental, a população e os governos precisam aliar-se com o objetivo de implementar métodos mais incisivos de fiscalização e execução das atividades de extração. Somente com a participação de todos e com o pensamento voltado para as consequências os atos de hoje será possível haver progresso sem que a ordem deixe de ser cumprida.