Desde que a Revolução Industrial começou a se expandir pelo mundo, vários foram os impactos que trouxeram graves consequências para o meio ambiente. Entre eles, influenciada pela necessidade capitalista de exploração em função do lucro, surgiu a atividade extrativista, muito forte principalmente em Minas Gerais, por causa de sua riqueza mineral decorrente de aspectos geológicos, como a participação no escudo central brasileiro. A partir desse fato, muitas multinacionais se instalaram no Brasil, a fim de explorar seus recursos e ganhar cada vez mais dinheiro. Dentre essas empresas, estavam a Vale, que é nacional, e a BHP Billiton, que é anglo-australiana. A junção de parte delas deu origem à Samarco, uma das companhias mais ativas na região do quadrilátero ferrífero, principalmente no município de Mariana. A cidade, que tem sua economia pautada na atividade extrativista, teve um de seus distritos completamente destruído pelo rompimento de uma barragem de rejeitos pertencente à empresa, gerando consequências sociais como mortes, doenças, pessoas desabrigadas e impactos na agricultura familiar típica do local. Já as consequências ambientais englobam destruição da fauna e da flora típicas do bioma Mata Atlântica ali presente, até a total poluição do Rio Doce, o que afetou muitas famílias que utilizavam dos recursos hídricos desse curso de água. Para que desastres como esses não aconteçam novamente, seria necessário um melhoramento da capacidade técnica dos profissionais, além de implementação de recursos que diminuam os impactos gerados em áreas já afetadas pelo extrativismo, como projetos de reflorestamento. Além disso, deve ser priorizada a privatização das empresas, para que a fiscalização das atividades seja feita da melhor forma possível.