O desastre ambiental ocorrido no distrito de Bento Rodrigues levanta a seguinte questão: atualmente, as empresas brasileiras estão sujeitas à fiscalização necessária? Conforme o que foi nacionalmente divulgado pela mídia brasileira, as barragens de retenção de resíduos industriais mantidas no distrito de Bento Rodrigues pela empresa Samarco apresentavam, há muito tempo, irregularidades potencialmente comprometedoras. Ou seja, o desastre não ocorreu subitamente, mas foi precedido por fatos suficientes para que a situação fosse caracterizada como situação de risco. Ainda assim, sabe-se que nenhuma medida foi tomada por parte da empresa e, tampouco, por parte do governo, que poderia ter notado a situação de irregularidade e, consequentemente, evitado o desastre, se acompanhasse veementemente os serviços da empresa. Na tentativa de reverter esse contexto, a Samarco apresentou propostas em dinheiro e tentou, por meio de seus representantes, ser desculpada pela sociedade. No entanto, é claramente notável o fato de que uma simples indenização em dinheiro, independentemente do seu valor, não é suficiente para recuperar tudo o que foi perdido durante o desastre. Há consequências irreversíveis, seja qual for a medida tomada pela empresa. Sabe-se que foi declarada perda total da vida no Rio Doce, isto é, não há mais seres que vivem nos pontos atingidos pela lama. Isso se deu devido à grande difusão de metais pesados após o rompimento da barragem, que poderia ter sido evitado por meio da realização de fiscalizações rigorosas. Nota-se que o desastre ambiental ocorrido em Bento Rodrigues poderia ter sido evitado, se houvesse fiscalização sobre a Samarco, e que, além disso, as indenizações que foram propostas pela empresa não suprem as perdas que decorreram do evento. Para tanto, conclui-se que o governo deve fiscalizar, com maior rigorosidade, todas as empresas que atuam no Brasil, pois, assim, poderão ser evitados desastres como o que ocorreu em Bento Rodrigues.