A prática da atividade mineradora no Brasil não é recente. Desde o século XIII, ainda no período Colonial, tal ato era uma das principais fontes de movimentação da economia brasileira, principalmente em regiões como Minas Gerais. No entanto, a recorrente execução da mineração causou danos imensuráveis em alguns dos distritos do berço da exploração dos mesmos. A Companhia Vale do Rio Doce foi fundada em 1942, pelo então presidente da época, Getúlio Vargas, porém, no ano de 1997 foi privatizada por Fernando Henrique Cardoso, passando a ser reconhecida como Vale. Tal companhia controla a Samarco, mineradora brasileira responsável pelo rompimento da barragem do Fundão em Minas Gerais. É possível que tal acontecimento configure-se como um dos maiores causadores dos danos ambientais no Brasil. Apesar de não ter sido a primeira vez que ocorre rompimento de barragens na região de Minas Gerais, este teve impactos irreparáveis. A lama teve escoamento pelo Rio Doce, que comportava cerca de 100 espécies aquáticas. Sendo assim, o rejeito tóxico pode ter causado extinção de diversas espécies, uma vez que, a lama por ser mais densa que a água, se alojou no rio tirando toda a oxigenação do mesmo. Contudo, o problema está longe de ser solucionado. Não só a fauna aquática foi prejudicada, mas também cerca de seiscentas pessoas ficaram desabrigadas em mais de seis localidades além de Mariana. As proporções são imensas, uma vez que cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram escoados. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É necessário que o Departamento Nacional de Produção Mineral seja mais presente e rigoroso com às fiscalizações das barragens. Além disso, a Samarco deve não só cobrir todos os custos referentes aos danos, que, de acordo com pesquisas, equivale a cerca de 4,5 bilhões de reais, como também melhorar suas estruturas para que tal ato não volte a acontecer.