O Brasil detém 12% da água doce mundial. Conhecido pelos seus numerosos rios como o Rio São Francisco e o Rio Amazonas, os brasileiros têm em mente que este recurso não se esgotará. Todavia, o estresse hídrico já é uma realidade e em 2014 a crise teve seu apogeu e em 2015 houve o rompimento da barragem de rejeitos minerais em Mariana (MG), que ocorreu pela falha humana por não terem seguidos os padrões de engenharia. Segundo o autor do livro “Água, crise e conflito em São Paulo” Ruben Naves, esse desastre ambiental, que percorreram 500 quilômetros no Rio Doce, aterrou 100 nascentes e afetou os demais estados, foi o “divisor de águas” para que a questão da água fosse debatida nos âmbitos sociais, econômicos e ambientais. De acordo com o portal G1, esse acontecimento acarretou também a extinção da biodiversidade, tanto a fauna quanto a flora, além de ter destruído a comunidade rural Bento Rodrigues, havendo a interrupção do abastecimento de água, os ribeirinhos perderam sua fonte de renda e a agricultura foi prejudicada. Porém, o maior problema é a falta de conscientização de que a água é um recurso finito e essas questões somente são abordadas tardiamente. É preciso passar por racionamentos de água e desastres ambientais para que esse tema entre em debate público. A água possui inúmeras utilizações, como agricultura, pecuária, em produções, para uso vital do ser humano, com a sua crise afeta a economia, que no caso dos EUA diminuiu em 12%, socialmente pois os maiores estados captam a água dos estados mais pobres. Desse modo, as empresas (mineradoras, indústrias, etc) eliminam seus rejeitos nas águas e isso precisa ser fiscalizado e barrado, além de procurarem formas de economizarem água nos processos de produção. Por fim é necessário a consciência de cada um, desde a infância ser colocada em pauta nas escolas e perdurar até a fase adulta por campanhas governamentais, com palestras ou até mesmo encarecendo as contas de água, afim de que economizem, evitando o desperdício e a poluição. Apenas assim irá minimizar os problemas hídricos que a cada dia se torna maior e poluído.