Título da redação:

Chernobyl, Vale e Samarco

Tema de redação: Impactos: as virtudes do desastre de Mariana

Redação enviada em 14/04/2016

O rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), causou um rastro de destruição por onde passou. Destruiu o Rio Doce e munícipios em seus arredores, assolou a fauna e flora da região e atingiu o Oceano Atlântico à medida que avançava. Um evento que era previsto e que podia ter sido evitado. O desastre de Mariana serviu para mostrar a negligência e a inoperância dos órgãos governamentais frente aos eventos dessa natureza. A Companhia Vale do Rio Doce era, e ainda é, a responsável por fiscalizar as eclusas e se mostrou incapaz de realizar tal tarefa; Drummond já havia dado pistas sobre a incompetência da Vale, afirmando em um dos seus poemas o quanto ela era “amarga” com o homem e com a natureza. Milhares de vidas de perderam e isso é fruto de um péssimo controle de qualidade e falta de monitoramento das barragens por parte das autoridades. Este acidente demorará anos para se recuperar, uma vez que a cobertura de lama irá impedir o desenvolvimento de espécies vegetais e, por isso, o solo se tornará infértil. Vale lembrar a explosão nuclear de um reator na Usina de Chernobyl, na Ucrânia, que além de tirar a vida de 10 mil pessoas, exterminou quilômetros de florestas que até hoje ainda não se recuperaram. Sobretudo, o Governo brasileiro precisa ser rigoroso para garantir que a Samarco e a Companhia Vale assumam suas responsabilidades, pagando indenizações as vitimas e punindo os responsáveis pelo acontecimento. Quanto à reintegração da bacia Rio Doce e da cobertura vegetal, cabe à comunidade acadêmica pesquisar um plano de ação que visa reverter os danos gerados pela tragédia. Diretamente ou indiretamente, todos foram afetados pela ambição desenfreada de certos agentes, portanto é dever dos brasileiros lutar contra essa prática, para que assim a natureza seja devidamente preservada.