No século XVIII, a Revolução Industrial Inglesa foi responsável por causar demasiada poluição. A queima de combustíveis fósseis pelas fábricas mudou a coloração do céu de cidades, tais como: Liverpool e Manchester. A degradação ambiental atingiu a atmosfera, córregos e rios alterando profundamente o espaço geográfico, em consonância com o prejuízo à qualidade de vida da população. Nesse sentido, a década de 1980, ficou eternizada pelo desastre ocorrido na Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. A explosão de um reator liberou uma nuvem radioativa que se espalhou sobre o Leste Europeu. Desse modo, a radiação causou a contaminação de rios, lagos, áreas florestadas e mutações em pessoas e animais. No Brasil, a negligência das autoridades com as atividades potencialmente nocivas ao meio ambiente cobrou o seu preço. O rompimento da Barragem de Fundão, no município de Mariana, em novembro de 2015, cobriu o vilarejo de Bento Rodrigues com os rejeitos da extração ferrífera. Convém lembrar ainda que, a lama férrea percorreu grande parte do leito do Rio Doce até o encontro com o Oceano Atlântico, no Litoral Capixaba. Em seu caminho, a onda barrenta deteriorou, não apenas a vida aquática, a mata ciliar e o abastecimento de água das cidades que dependem do Rio Doce, mas também afetou, os pescadores, que dele retiravam o sustento. O volume despejado é calculado, em torno de 50 a 60 milhões de metros cúbicos (m³), sendo o maior acidente do gênero dos últimos 100 anos em escala mundial. A Samarco, administradora da barragem, em seus comunicados pede compreensão às populações atingidas, ao invés, de adotar medidas à indenização das famílias e a recuperação dos impactos causados à natureza. A justiça parece não querer punir os culpados. Enquanto isso, o ecossistema agoniza. O Governo Federal deve, portanto, exigir ações efetivas da Samarco no amparo às vítimas e na revitalização das áreas atingidas. Logo, o Ministério do Meio Ambiente tem a função de aplicar multas pesadas aos causadores de danos ao patrimônio natural e fiscalizar as empresas que operam em setores extrativistas. Nesse esforço, o Poder Judiciário é responsável por elaborar leis que diminuam as lacunas na legislação, bem como a morosidade dos tribunais. O Povo Brasileiro acostumou-se a ver crimes em que pessoas físicas e jurídicas influentes escapam impunes, haja vista à imparcialidade e corrupção das autoridades políticas e judiciárias. A Sociedade Brasileira necessita de respostas concretas.