No país representado pelo verde das florestas e pelo amarelo do ouro, a tragédia de Mariana revelou o perigo na exploração dos recursos naturais. Tal realidade é expressa a partir dos impactos sociais e ambientais causados pela problemática. Reverter esse quadro – eis o desafio da nação. Da falta de água à destruição de construções históricas, o rompimento da barragem em Minas Gerais trouxe perdas drásticas para a população. O desastre deixou milhares de pessoas sem água nem abrigo, além de danificar igrejas centenárias como a de São Francisco, de acordo com o relatório do Ministério do Meio Ambiente. Assim, depreende-se que a extração de minérios associada à falta de responsabilidade das empresas, como a Samarco, pode dizimar um município inteiro. O meio ambiente sofreu consequências irreparáveis com o acidente. Segundo os princípios da Ecologia, um desequilíbrio na fauna ou na flora de uma região pode colocar em risco todos os seres vivos que nela residem. De forma análoga, a poluição do Rio Doce acarreta num desequilíbrio de todo o ecossistema nativo, pois espécies de plantas, algas e peixes foram extintos por causa da lama. Dessa forma, a devastação de Mariana empobreceu biodiversidade do Brasil. Para o filósofo Francis Bacon, obedecer a natureza é comandá-la. Com base nessa perspectiva, torna-se evidente a necessidade de uma maior prudência em relação às explorações do meio ambiente. Portanto, o IBAMA junto à mídia deve promover campanhas de conscientização nos meios de comunicação. Ademais, a população deve se mobilizar para auxiliar as vítimas do desastre com o oferecimento de água e outros utensílios básicos a estas. Seguindo a lógica de Bacon, o Brasil poderá evitar próximos acidentes como esse.