A região de Mariana, cidade brasileira no estado de minas gerais, localiza-se no quadrilátero ferrífero mineiro. Localidade onde jazidas de ferro são encontradas e exploradas por grandes mineradores a fim de faturar milhões. As mineradoras, como a Samarco, lá instaladas, tornam-se totalmente responsáveis pelo rejeito final da extração. Esse é armazenado em barragens, como a de Fundão que rompeu e ocasionou o maior desastre ambiental já visto no território brasileiro. Em primeiro plano, é importante destacar que toda e qualquer mineradora deve seguir as normas ambientais do país para atuar nas regiões a serem exploradas. A Samarco está incluída na Lei de Exploração Mineral. Com os desastres ocasionadas pelas suas barragens, a Lei de Crimes Ambientais foi acionada. As perdas de espécies da fauna , flora e o assoreamento do Rio Doce, culminou a uma multa de 50 milhões de reais à mineradora. Esse dinheiro serviria a medidas para a reconstrução do meio, mas apenas mostra a capacidade monetária de uma minoria em detrimento de grande parcela do ambiente ao seu redor. Para deixar claro a magnitude dos impactos ocasionados pela mineradora é feita a seguinte comparação: nas Filipinas dois rompimentos ocorreram, liberaram no total 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos, já no Brasil apenas um rompimento liberou mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Somente uma barragem brasileira provocou consequências de duas ao país, tornado a irresponsabilidade ambiental da Samarco incalculável e catastrófica a todas as espécies locais. Convém ainda lembrar que o discurso por parte da mineradora direcionado, principalmente, à população de Bento Rodrigues (cidade tomada pela lama de rejeitos) é deficitário. Neste caso, justificativas não promovem mudanças. Casas, mortes e a fonte de água e sustento (o Rio Doce) de maioria dos moradores da cidade e de regiões vizinhas, como Mariana, foi inativa. Ficando só a falta de preocupação com a sociedade e a inconsciência ambiental pela Samarco, induzida pelo sistema capitalista. Portanto, os desastres provocados por mineradoras são implacáveis em todos os aspectos sociais e ambientais. No Brasil, é necessário a criação de novas leis à mineração, exigindo segurança e responsabilidade durante a extração dos materiais desejados. Fiscalizações mais efetivas devem ser feitas, verificando as instalações de alarmes nas barragens, suas estruturas e a capacidade administrativa da empresa responsável por elas. Por fim, uma ação judicial coerente com os danos causados pelos incidentes desse tipo de atividade. Logo, haverá mais responsabilidade de todos envolvidos na extração dos minérios brasileiros.