O rompimento da barragem em Mariana, além de causar um impacto ambiental de grande intensidade e extensão, sensibilizou a opinião pública sobre as consequências dessa tragédia. Os comentários, em geral, demonstravam os resultados catastróficos tanto para a população quanto para o meio ambiente e também apontavam como a principal culpada a empresa mineradora Samarco. No entanto, a instituição citada não carrega a culpa da negligência sozinha. O desastre fez saltar aos olhos a falha do governo em fiscalizar as concessões feitas e da população, que não cobra devidamente tal posicionamento das autoridades. O ocorrido em Mariana denota a indiferença dos brasileiros quanto às empresas que lidam diretamente com o meio ambiente do Brasil. Os riscos do processo de mineração envolvem a possibilidade de ocorrer contaminação da água, que é essencial para a preservação da vida animal e vegetal. Isto posto, o posicionamento do governo ao conceder a autorização da atividade, deve ser de realizar uma fiscalização periódica a fim de constatar a compatibilidade com as imposições das leis ambientais do país. Entretanto, isso não aconteceu, uma vez que o rompimento de uma barragem de rejeitos pode ser previsto antecipadamente e evitado. A partir do não cumprimento de tais cuidados pelas autoridades, os cidadãos devem reclamar um posicionamento de acordo com a conduta prevista na legislação. A catástrofe sucedida no município mineiro ainda sustenta considerações que exaltam o seu lado maléfico. Todavia, a partir de uma análise sobre o que foi desprezado e do que contribuiu para a tragédia, é possível evitar descuidos que possam impactar negativamente os recursos dados pela mãe natureza. A criação de órgãos fiscalizadores que atuem de forma mais contínua supervisionando empresas produtoras de rejeitos e a cobrança da sociedade brasileira em benefício da preservação das riquezas naturais de sua pátria são vitais para garantir a conservação do ambiente. Os acontecimentos que possuem um efeito negativo, geralmente não tem o seu lado positivo analisado. Partindo do reconhecimento dos erros, é possível criar maturidade e utilizar a experiência com a finalidade de impedir que desastres como o de Mariana aconteçam novamente.