A tragédia em Mariana, Minas Gerais, despejou cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. Além de causar mortes, ela foi responsável por deixar milhares de pessoas desabrigadas e sob condições paupérrimas, como, por exemplo, a pouca água disponível. Engana-se, porém, quem pensa que os danos são passageiros e condizentes apenas aos seres humanos, os rejeitos liberados pela tragédia também afetarão o desenvolvimento de diversas espécies animais, bem como de vegetais. Diante desse fato, faz-se necessário compreender o acidente em Mariana e seus impactos, a fim de buscar a criação de medidas mais eficazes de segurança para mineradores. A mineração é, de fato, de suma importância para a sociedade, pois é ela que proporciona recursos fundamentais para o desenvolvimento humanitário, tais como ferro, argila, calcário, mármore, quartzo, petróleo, entre outros. Mas isso não significa, entretanto, que ela deve ser executada com pouquíssimo planejamento e sem uma fiscalização responsável em suas instalações. Em outras palavras, o lucro não deve ser colocado acima da vida. Por isso, é muito importante que haja seriedade dos órgãos responsáveis pela fiscalização, porque é muito fácil, depois do ocorrido, pedir que as pessoas compreendam, terceirizar a culpa, falar que vai criar medidas mais efetivas e muitos outros argumentos que culminarão na diminuição dos holofotes e esquecimento por grande parte da população. Portanto, é preciso desenvolver um novo modelo econômico e mais responsabilidade dos órgãos responsáveis pela fiscalização. As empresas devem começar a praticar um capitalismo mais consciente, colocando o impacto social, o propósito de fazer a diferença nas vidas das pessoas acima do lucro, enquanto os órgãos responsáveis, tendo como exemplo, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), devem intensificar as fiscalizações e criar uma padronização de estruturação e instalação para o exercício da atividade mineradora.