Título da redação:

A esperança na destruição

Tema de redação: Impactos: as virtudes do desastre de Mariana

Redação enviada em 10/04/2016

Em novembro de 2015, o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco foi responsável pela destruição de uma cidade, por mais de uma dezena de mortes e pela contaminação imensurável de cursos d’agua no Brasil. No entanto, em vias desses impactos assombrosos, cabe ao pais reverte-los em possíveis virtudes. A grande negligencia governamental é um dos fatores que contribuiu para a ocorrência de tal catástrofe e de tantas outras no território nacional. Apesar da existência de leis voltadas para a proteção ambiental, a legislação brasileira, ainda, é pouco rígida em relação as catástrofes provocadas por ações humanas. Ademais, o país também não conta com a fiscalização precisa de empresas e indústria, que ofereçam risco ao meio e a população. Dessa maneira, as grandes empresas, aqui instaladas, não realizam medidas apropriadas para garantir a segurança ambiental. Tudo isso acarreta em desastres que, na maior parte das vezes, poderiam ser evitados, como o rompimento da barragem de Mariana. Ainda, o pouco comprometimento de empresas com a segurança é uma das principais causas de fatalidades como essa. Muitas empresas nacionais, multinacionais e transnacionais, movidas pela lógica capitalista, focam-se somente nos lucros. Assim, torna-se inviável investimentos em áreas que não geram lucratividade, haja vista que deixar que se ocorra danos ao meio ambiente será economicamente mais rentável, para indústria, do que a adoção de medidas preventivas. Exemplo claro disso ocorreu com a Samarco, a qual, segundo investigações após a tragédia, tinha pleno conhecimento que a barragem operava em condições inseguras. Assim, é evidente que o desastre em Mariana teve como causa o descaso empresarial, o qual resultou em danos ecológicos e econômicos irreversíveis a curto prazo ao país. Diante disso, é notório que, por meio da análise das causas do rompimento da barragem em Minas Gerais, mudanças sejam feitas. É preciso que o poder legislativo, em parceria com órgãos de preservação ambiental, crie leis mais rígidas e estabeleça penalidades e indenizações elevadas para os danos causados ao ambiente e a população pelas empresas, a fim de promover a atuação responsável delas. Por fim, juntamente a isso, é imprescindível que o Governo Federal instaure fiscalizações precisas e periódicas nas indústrias, com a finalidade de evitar as negligencias empresariais e, consequentemente, impedir que danos irreversíveis ocorram. Só assim, o desastre ocorrido em Mariana será, de fato, um caminho capaz de proporcionar mudanças e promover, no futuro, a excelência na maneira em que o meio ambiente é tratado.