Criado em 1988 o Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores do mundo para o atendimento público à saúde. Infelizmente, quase trinta anos de existência não tem significado qualidade e esse fato estende-se também para muitas unidades privadas de saúde. Reverter esse quadro e humanizar o atendimento à saúde – eis a tarefa a ser cumprida. É preciso apontar que problemas como fraudes e corrupção são alguns dos desafios. A qualidade no atendimento à saúde bem como sua humanização está acoplada a um gerenciamento competente e um financiamento adequado. Entretanto, isso não ocorre por causa de uma insistente política de governo e não de Estado vivida no Brasil o que prejudica a excelente proposta do SUS e de seus programas. Cabe avaliar, ainda, o desempenho dos profissionais da saúde. De um lado, médicos, do SUS, que vivem sobre forte pressão pela ausência de condições básicas para trabalhar como a falta de infraestrutura dos hospitais e a carência de materiais, por outro lado profissionais, geralmente de hospitais privados, que dispõem de recursos para um bom atendimento. Em ambos os casos temos médicos humanizados e desumanizados e toda essa disparidade traz mais problemas que afetam o acesso e o atendimento aos pacientes. Dessa forma, o Governo possui papel imprescindível na mudança dessa situação. Assim, esse, deve de pronto promover uma reforma do programa Saúde da Família, espelhando-se no modelo canadense, e investir em novos que dão certo em outros países como o Consórcio de hospitais, na Espanha, integrando rede pública e privada de saúde. Além disso, a disponibilização de cursos para humanização dos profissionais da saúde, investimento na melhoraria da infraestrutura dos hospitais e em materiais para o atendimento e também fiscalização das condições da assistência de hospitais públicos e privados, são medidas que a longo prazo trarão grandes mudanças.