Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Humanização no Atendimento à Saúde.

Redação enviada em 22/10/2017

O 5º Artigo da constituição de 1988 garante a isonomia de direitos para todos os cidadãos, sendo a saúde de qualidade um aporte inalienável. Nesse prisma, no Brasil pós-moderno, deficiências na humanização do atendimento à saúde conferem uma violação a um direito constitucional. Nesse contexto, uma dinâmica adversa é estabelecida, seja pela normalização de negligências realizadas por profissionais da saúde, seja por incipiências na formação médica. É possível analisar a resiliência do problema na esfera social, na medida em que uma visão inerte atenua os efeitos das negligências realizadas. A ausência da humanização no atendimento à saúde favorece a ocorrência de erros que podem gerar grandes consequências. Tais atos, embora seja naturalmente nocivos, são potencializados pela falta de importância dada a esse cenário por profissionais atuantes. Foi nesse âmbito que a filósofa Hannah Arendt afirmou, em “A Banalidade do Mal”, que o pior mal é aquele que é visto socialmente como cotidiano, iníquo. Nessa perspectiva, atos desumanos- associados ao atendimento- mais brandos, como não ouvir devidamente a história do paciente, são coletivamente aceitos aos comportamentos dos médicos e enfermeiros. Por conseguinte, a saúde dos brasileiros é afetada por uma desumanização comum, que por conter um caráter inerte, pressupõe a perpetuação. Além desse fator, incipiências educacionais na formação de médicos também dão subterfúgios à problemática em voga. Consoante ao pedagogo Paulo Freire, as instituições de ensino devem fornecer competências holísticas ao estudante, de modo que seja construída uma formação completa. Nessa ótica, quando Universidades de Medicina superlativizam a importância às notas e a retenção de conhecimentos abstratos em detrimento à humanização, profissionais deficientes são formados. A partir dessa prerrogativa, um caráter nocivo e apático é intrinsecamente ligado à composição os futuros médicos. Destarte, percebe-se que a problemática ligada à humanização no atendimento à saúde carece de ser solucionada por agentes de relevância. Partindo disso, o Ministério da Saúde, deve promover oficinas quinzenais aos profissionais da saúde. Nelas, médicos e enfermeiros devem debater, de forma fática, com auxílio de prontuários, sobre atos de desumanização que propiciaram a ocorrência de prejuízos ao paciente. Esse processo criará um sentimento de responsabilidade ligada ao tratamento que o profissional da saúde realiza, tornando-os mais atentos. Em consonância, o Ministério da Educação, deve implementar às grades curriculares das Universidades de Medicina, disciplinas que integrem a humanização à formação médica. Essa intervenção, por meio de instruções de conduta e avaliações semestrais ocasionará, como afirmou Paulo Freire, uma formação abrangente, que visa à erradicação da desumanização referente ao atendimento à saúde no Brasil.