Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Humanização no Atendimento à Saúde.

Redação enviada em 26/09/2017

A eficiência técnico-científica e a racionalidade administrativa nos serviços de saúde, quando desacompanhadas de princípios e valores, como a solidariedade, o respeito e a ética na relação entre profissionais e usuários, não são suficientes para a conquista da qualidade no atendimento à sociedade. No Brasil hodierno, a experiência cotidiana do atendimento da pessoa nos serviços de saúde e os resultados de pesquisas de avaliação desses serviços, têm demonstrado que a qualidade da atenção ao usuário é um das questões mais críticas do sistema de saúde brasileiro. Nesse contexto, para que se alcance uma saúde mais humanizada no país, urge que o Estado atue consonância com a sociedade civil diante dessa problemática. De início, vale ressaltar que é necessário pensar a saúde no Brasil sob a luz dos Determinantes Sociais de Saúde (DSS). Eles são os fatores sociais, econômicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. Assim, uma análise holística dos problemas de saúde no país deve ser baseada nos DSSs para que haja um estudo crítico que permita compreender essa temática para além de seus componentes técnicos. Logo, nota-se que as ciências humanas e sociais devem, também, estar inseridas nas questões de saúde do Brasil. Ademais, em outra análise, os recentes avanços tecnológicos promoveram um progresso na área da saúde, porém, a falta de humanização o contraria. Sobretudo na época da Segunda Guerra Mundial, a medicina sofreu diversos avanços extraordinários, que contribuíram em peso para a atualidade. Contudo, no atual contexto histórico brasileiro, devido, principalmente, à má formação acadêmica de alguns profissionais da saúde, tais avanços foram responsáveis por promover um distanciamento na relação médico-paciente, já que, supostamente, apenas a tecnologia em si já seria capaz de resolver a maioria dos problemas. Em consequência disso, há, muitas vezes, um mau atendimento aos enfermos, o que resulta em prejuízos não só biológicos, mas também psicológicos e sociais. Destarte, percebe-se que é necessário que haja a ação conjunta do Estado com a sociedade civil diante dessa temática. Assim, é inexorável que o Poder Público, por meio do Ministério da Saúde, amplie e efetive, dentre outros, o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), com o intuito de mudar substancialmente o padrão de assistência ao usuário nos hospitais do Brasil, como também, por meio do Ministério da Educação, invista em projetos acadêmicos promotores de um olhar humanizado entre o profissional da saúde e o paciente. Cabe à sociedade civil contribuir para a resolução desses problemas reivindicando por seus direitos à saúde, como também exercendo atividades humanitárias, como as dos Agentes Comunitários de Saúde para que, de fato, ocorra um progresso da saúde e da sociedade brasileira como um todo.