Nos últimos anos, sobretudo com a Segunda Guerra Mundial e com os avanços tecno-lógicos, aumentou-se os métodos preventivos e de tratamento de doenças, porém ainda se tem um défice no que se diz respeito à qualidade de atendimento ao paciente. Para mudar esse cenário, a Faculdade para Médicos e Cirurgiões da Escola de Medicina da Columbia University, em Nova York, adotou um Programa de Medicina Narrativa que tem como objetivo melhorar a comunicação médico-paciente e com isso reduzir o número de mortes causadas por incompetência narrativas. Nessa perspectiva, nota-se que avanços tecnológicos ligados à medicina e a humanização no atendimento ao paciente são dependentes um do outro para garantir a vida do mesmo. A Segunda Guerra Mundial foi de grande relevância no que se diz respeito aos avanços da medicina, embora muitos deles tenham se dado de forma impiedosa. Uma vez que, médicos alemães usavam os prisioneiros dos campos de concentração como cobaias. Atualmente, esses médicos nazistas são extremamente banalizados pelos métodos antiéticos e desumanos usados para descoberta e "tratamento" de doenças. Porém, atos desumanos mais brandos, no Sistema Público de Saúde, muitas vezes passam despercebidos, tendo em vista que diariamente centenas de pessoas são mortas no Brasil por negligência médica ou recusa no atendimento. Somado a isso, nos hospitais ou postos de saúde o cidadão muitas vezes tem seus direitos violados -como direito à saúde e ao bem-estar-. Isso porque, de acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde), mais de 70% dos hospitais públicos do país sofre de falta de recursos que garantam a qualidade no atendimento do enfermo -como leitos, macas e, até mesmo, médicos especializados-. Entretanto, alguns postos hospitalares detém de altas tecnologias, mas não dispõem da delicadeza do cuidado. Assim, as tecnologias e os dispositivos organizacionais precisam andar juntos para garantir a humanização no atendimento. Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas para garantir humanização no atendimento à saúde. Para tanto, o Estados deve investir mais na saúde, assegurando verbas para que seja possível suprir as carências dos hospitais públicos. Conjuntamente, as facul-dades de medicina do Brasil devem disponibilizar cursos extras que vissem especificamente a melhoria na comunicação do profissional com o paciente, garantindo melhor atendimento. Dessa forma, o direito à saúde e ao bem-estar serão devidamente aplicados.