Lamentavelmente, decorre-se que em pleno século XXI, a humanização no atendimento à saúde vem sendo corrompida por profissionais desvinculados emotiva e psicologicamente dos pacientes. Entre os fatores que levam à esta realidade contemporânea, está a escolha da profissão por motivos errôneos, feita no passado principalmente pelo médico. É indubitável que os cursos de medicina são atualmente os mais procurado por vestibulandos nas universidades de todo o Brasil. Entretanto, observa-se que muitos desses jovens não anseiam em ser médicos apenas pelo prazer de cuidar da vida, e sim pelo status e condição financeira privilegiada que tal profissão trás. O resultado desta combinação, consequentemente, acaba por ser a calamidade nos hospitais e as milhares de mortes provocadas por descaso médico nas UTI's. Isto tudo justamente por que um indivíduo, estando sob a condição de fazer algo que não lhe traz alegria, tende ao desprezo por esta atividade. Um médico formado nestas circunstâncias, assim, acaba por não estabelecer o devido contato e afeto exigidos psicológica e fisicamente pelo paciente, em seu estado de enfermo. Devido a este fator, então, o doente acaba muita vezes ainda mais doente, e perece. Como métodos de reversão a esta imagem da sociedade brasileira moderna, através da observação dos argumentos citados acima, apresentam-se então extremamente úteis: a intervenção governamental, através da inclusão de testes vocacionais nos processos seletivos das faculdades federais e estaduais, e principalmente a própria consciência do jovem vestibulando, escolhendo uma profissão que exerça bem por prazer. Afinal, como já dizia Gandhi: '' A única revolução possível é dentro de nós''.