A humanização do atendimento a saúde é um conceito moderno que leva em consideração o acesso universal das populações a assistências de qualidade. Tal conceito vem de encontro às práticas atuais em que apenas os mais afortunados são contemplados com os melhores serviços. Assim, a humanização pretende quebrar preconceitos e paradigmas com medidas democráticas e socialmente benfazejas. Outro aspecto importante desse novo pensamento é a associação das tecnologias avançadas com o relacionamento interpessoal, conhecido popularmente como calor humano. É fácil comprovar, muitas vezes de forma empírica, que o uso de aparatos modernos não pode suprir a delicadeza do atendimento pessoal. Diversas vezes, por portarem recursos de ponta, instituições deixam o contato entre os profissionais e os pacientes em segundo plano, o que desumaniza o atendimento. Por outro lado, apenas o contato interpessoal não é suficiente. Para uma assistência de fato humanizada são necessários os aparatos tecnológicos mais o “fator humano”, uma vez que, o primeiro não funciona sem o último e o segundo torna-se precário sem o primeiro. Somado a isso, é importante que haja também uma menor “mecanização” no processo de assistência. O programa Medicina Narrativa da Columbia University desenvolveu uma solução para essa questão. Os estudantes agora apendem que além de se ater a ações mecânicas como aferir a pressão, auscultar o paciente e se limitar as queixas fisiológicas devem ouvir o histórico e a narração da história do paciente. Essa atenção diferenciada funciona como forma de diagnosticar males físicos e psicológicos, humanizando mais o atendimento e evitando mortes por falta de informações. Assim, é fácil perceber que a humanização do atendimento à saúde é um conceito complexo que exige reformas desde às universidades à estrutura de instituições de atendimento. Os benefícios da associação dos recursos tecnológicos com a atenção humana são incontáveis, sendo o principal o aumento na expectativa e qualidade de vida de todos.