A humanização no atendimento à saúde é de indubitável importância, já que é necessário respeitar a dignidade do paciente. Muitas vezes, no entanto, não se observa essa humanização. Fato que está relacionado tanto a falhas do Estado quanto dos profissionais de saúde. No Brasil, apesar de a nossa Constituição garantir a todos os cidadãos o direito ao acesso à saúde, nem todos os brasileiros gozam desse direito, muito menos de um atendimento humanizado. Isso ocorre em muitos casos, pela ineficácia de o Poder Público oferecer ambiente e recursos adequados aos profissionais de saúde. A superlotação de muitos hospitais públicos, a falta de remédios, de leitos médicos e de profissionais são exemplos que concretizam a realidade da maior parte do nosso sistema público de saúde. Assim, observa-se que não há o respeito aos profissionais nem aos pacientes, já que aqueles estão submissos a trabalharem em condições precárias e estes a receberem um atendimento que não corresponde às expectativas e à qualidade satisfatória. Outro fator que implica para que haja maior humanização nesse atendimento é a indiferença de muitos profissionais da área de saúde, pois muitos se importam apenas com a saúde física do cliente em detrimento do seu bem-estar psicológico e do respeito à sua dignidade. Assim, permite que essa humanização esteja cada vez menos ausente e, consequentemente, uma relação mais distante entre esses profissionais e pacientes. Diante disso, é necessário que o Ministério da Saúde destine maiores investimentos ao sistema público de saúde. Além disso, que atue juntamente ao Ministério da Educação aprimorando nas faculdades os cursos de saúde as matérias relacionadas à humanização, por meio de palestras destinadas tanto aos acadêmicos como aos profissionais já formados, com o intuito de colocar a evidência a importância de se tratar com respeito o ser humano, pois, além de ser fundamental para uma convivência harmônica, permite uma relação de maior confiança entre o cliente e o profissional de saúde.