A saúde é direito de todos e dever do Estado. Contudo, para que seja ofertado ao povo um sistema de saúde mais humano e de qualidade, é necessário a efetiva execução das práticas da Política Nacional de Humanização (PNH), tão imprescindíveis para melhoria de atendimento e das condições de trabalho para o profissional, quanto os investimentos financeiros. A humanização na assistência da saúde insere uma nova interação entre seus usuários e profissionais, caracterizada pela proximidade e individualidade, o que proporciona um sentimento de mais cuidado, conforto e confiança ao paciente. Desta forma, humanizar esta relação contribui para um atendimento personalizado e com mais qualidade. Além disso, se o profissional de saúde tiver uma visão ampla do doente, muitos procedimentos clínicos e exames tornam-se desnecessários. Pois, segundo a revista Veja (Edição 2430), após a criação de um centro, no Hospital Albert Einstein, onde os médicos ouvem e avaliam as queixas dos pacientes com indicação cirúrgica, somente 40% destes, são submetidos realmente a cirurgia. Também, a aplicação destas políticas proporciona aos profissionais de saúde maiores condições de realizar seus trabalhos de modo reto e inovador. Pois, através de estratégias adequadas, elas tornam o ambiente de trabalho menos estressante e prazeroso, além de contribuírem na prevenção de doenças ocupacionais. Portanto, é necessário que o Estado e demais gestores da área de saúde disseminem a execução do atendimento humanizado, através de palestras e treinamentos nas unidades assistenciais, e, desta forma, contribuam para um sistema de saúde com mais qualidade.