"Conheça todas as teorias,domine todas as técnicas,mas ao tocar uma alma humana,seja apenas outra alma humana". Esta frase do psiquiatra suíço Carl Jung diagnostica a doença de que a Medicina atual sofre: a falta de humanização no atendimento. Ser médico,principalmente no Brasil,significa ser dono de um futuro promissor,ou seja, ter condições de sustentar os luxos considerados essenciais pela sociedade. Devido a esta supervalorização da carreira,muitos são convencidos de exercer a medicina desde cedo; por esse motivo,há aqueles que entram na profissão sem possuir afinidade ou sem saber lidar com o sentimento humano. Nesse contexto,todo o estresse causado pelo cotidiano ou pela frustração da carreira imposta produz chagas no atendimento à saúde. Assim,pacientes são negligenciados e não recebem a atenção necessária,o que pode gerar consequências ainda mais séria,e em certos casos,a morte. Outro fator que provoca o distanciamento entre o médico e o paciente é a inexistência de infraestrutura,poisassim como o corpo somente executa suas funções caso os órgãos trabalhem todos em harmonia,um atendimento de qualidade necessita de tecnologia atualizada e operante. O exercício da Medicina,portanto,precisa de profissionais competentes,que saibam aliar razão e emoção. Trata-se,então,do fator afinidade,para isso, a sociedade tem de valorizar igualmente todas as profissões,priorizando a qualidade e não a quantidade de mão de obra. Além disso,é essencial que haja programas nas universidades que incentivem o trabalho em comunidades carentes,a fim de que o contato humano se especialize,curando as chagas do sistema de saúde.