O período de ascensão da Guerra Fria resultou no desenvolvimento da tecnologia. Com efeito, a internet surgiu devido à necessidade de comunicação entre os militares, esse meio se estendeu na sociedade de maneira rápida, exemplificado na velocidade da propagação de informações. No entanto, também exibiu pontos negativos, como a reprodução de falsas notícias, compreendida no termo de origem inglesa "hoax". Sobre tal ótica, há diversos indivíduos do âmbito cibernético que divulgam notícias polêmicas para gerar uma repercussão e aumentar o número de visualizações, com o objetivo majoritariamente mercadológico. Por conseguinte, desenvolvem-se atitudes compreendidas na expressão "bolhas virtuais", estado em que o indivíduo compartilha apenas o que condiz com sua crença; a exemplo disso: as notícias constantes sobre "fotos com o tema da redação do ENEM", as quais fomentam a preocupação dos estudantes e ampliam os sintomas daqueles com problemas de ansiedade. Em outro aspecto, o Brasil, como País Democrático de Direito, tem como um de seus princípios fundamentais a dignidade da pessoa humana. Dessarte, retomando-se o pensamento do jamaicano Stuart Hall, o qual defende que a sociedade está vivenciando uma descentralização devido a uma crise de identidade, tem-se que a divulgação de embustes sobre determinados indivíduos, suscitando discursos de ódio, preconceitos e agressões, interfere no exercício de isonomia, que deve ser inerente aos cidadãos, e contribui com a descentralização. Pode-se inferir, portanto, que a internet trouxe benefícios incontestáveis à humanidade, contudo medidas reparatórias são nevrálgicas. Ao governo, por meio do Ministério de Comunicações em conjunto ao de Fiscalizações, compete a responsabilidade de instruir os indivíduos ao desenvolvimento do pensamento crítico, promovendo aplicativos no próprio âmbito virtual que identifiquem a veracidade dos fatos e proponham medidas mais brandas para o autor do "hoax", a fim de decair a confiabilidade nas páginas que propagam as falsas notícias. Assim, pois, alcançar-se-á maior empatia nas relações sociais.