O “hoax” é o termo utilizado para referir-se a uma mentira que circula pela web, uma espécie de boato digital, que vai desde sorteios falsos de celulares, até notícias que denigrem a imagem de empresas e figuras públicas. Todavia, apesar de, aparentemente, inofensivos, esses rumores podem causar sérias implicações na sociedade, evidenciando a necessidade da adoção de medidas para evitar a propagação dessas notícias. A partir da dinamização e popularização das redes sociais, a velocidade de propagação e o alcance de informações aumentaram exponencialmente. Em razão disso, intensificou-se também a difusão dos “hoax”, criados por indivíduos de má índole com o objetivo de obter visualizações e popularidade na rede. No entanto, algumas dessas falsas informações acabam gerando tamanha repercussão que acabam até mesmo por influenciar na decisão de grandes massas da sociedade, como observou-se nas eleições presidenciais dos Estados Unidos no ano passado. Uma pesquisa feita pelo Buzzfeed revelou que os “hoax” sobressaíram-se sobre as notícias verdadeiras, próximo ao fim da eleição, o que, possivelmente, interviu na decisão de milhares de americanos. Dessa forma, percebe-se o controle que a mídia e a informação exercem na sociedade, como ocorreu na greve policial no estado do Espírito Santo. Durante quase uma semana, os capixabas permaneceram trancados em suas residências, aterrorizados devido ás constantes notificações de áudios, fotos e vídeos falsos, de saques, arrastões e tiroteios nas ruas. Por serem compartilhadas em meio a notícias reais, ficava difícil identificar o que se tratava de uma informação verídica, o que apenas contribuiu para intensificar o caos social. Diante do exposto, fica evidente que os “hoax” podem ser armas poderosas nas mãos de pessoas mal intencionadas. Assim, fica a cargo do governo realizar investimentos nos órgãos de combate aos crimes cibernéticos, para que estes tenham as ferramentas necessárias para investigar e fiscalizar as informações que circulam na rede. Também cabe á população denunciar spams ou páginas falsas nas redes sociais, certificando-se da veracidade das informações antes de compartilha-las, para que, desse modo, a sociedade se veja livre desse male.