Em ''Vida para consumo'', o sociólogo Zygmout Bauman aponta que o grande fluxo de informação atual não é politizante, uma vez que a sociedade carece de senso crítico para separar ''a mensagem do ruído''. Análoga à obra, está o cenário das "Hoax'', característica pela efusão de notícias inventadas nas devidas mídias sociais, com ênfase nas prórpias redes sociais. Nesse sentido, notícias falsas causam um quadro de insegurança e desordem numa dada sociedade. Em primeira análise, há uma facilidade de bombardeio informacional, particular da ''modernidade''. De forma que, a internet tornou-se hoje a principal propagadora de noticiários, sendo de cunho verdadeiro ou não, na teoria de Bauman ou denota o conceito dessa ''modernidade líquida'', o qual defende que o tempo em que vivemos tem um viés semelhante a liquidez, nada é feito para durar e assim reflete nos vastos noticiários ''hoax'' podendo causar prejuízos a imagem do outro ou de seus negócios em questão de poucos segundos. Reflexo disso, foi o boato lançado de um vídeo de pombos triturados na fábrica de cerveja Ambev, que viralizou nas redes sociais, logo após a empresa desmistificou que não era em suas cervejarias. Desse modo, recai uma instabilidade e insegurança ao consumidor, dado que também é uma vítima no fenômeno em questão. Ainda nesse aspecto, os hoax causam interpretações equivocadas de fatos. Isso porque, as mensagens divulgadas sobre determinado assunto, cultiva uma opinião demasiadamente coletiva gerada pelo forte apelo contido em determinadas mensagens. Por conseguinte, suscita-se juízos de valore sem ao menos ter a certeza dos casos noticiados, prova disso, repercutiu o caso da Fabiano, confundida com uma sequestradora de crianças, que teve sua caricatura postada na internet e assim foi espancada até que não resistiu. Nesse sentido, paira a negligência das esferas sócio-política de proteger os seus como na teoria do Leviatã, proposta por Hobbes. Lidar com a problemática das falsas notícias, portanto, requer medidas concretas. Para tanto, é papel do Estado elaborar lei de fiscalização e punições a qualquer tipo de notícia falsa, a fim de que haja o controle e harmonia do que se publica. Ademais, a mídia, deve fomentar campanhas que estimulem os cidadãos ao não compartilhamento de suspeitas hoax, assim não aumentará os casos evitando-se possíveis danos. Pois como afirmara Martin Luther King ''Toda hora, é hora de fazer o bem''.