Com o advento da internet, a velocidade com que as notícias se propagam chega a ser espantosa. Antes deste meio de comunicação ser criado, a possibilidade de recebermos uma notícia de grande relevância com dias de atraso era alta; hoje, porém, isto não acontece: em questão de segundos e com apenas um clique, podemos receber desde informações com conteúdos realmente relevantes à informações banais, irrelevantes e até mesmo falsas. As redes sociais se tornaram grandes participantes e incentivadoras da criação e propagação das notícias falsas. Nelas, não se leva em consideração o conteúdo da mensagem ou a veracidade da mesma, não se analisa a legitimidade da fonte. O que importa realmente é o seu potencial de alcance, quantas pessoas irão compartilha-la, quantas vezes ela será acessada e quantas visualizações ela terá. Para o criador da notícia, todo o alvoroço causado na rede pode lhe trazer uma certa fama (e muitas vezes retorno em dinheiro), já para o público, nada de bom ou realmente importante pode ser retirado de uma experiência destas. Um instrumento de informação em massa, como a internet, está sendo utilizado de maneira equivocada e potencialmente perigosa. Não é raro recebermos informações de consequências negativas geradas a partir destas notícias falsas, desde pequenas discussões à agressões físicas. Basicamente, a população bombardeada com dados, imagens e “fatos" não consegue mais distinguir o verdadeiro do inverídico, o importante do banal, e isto acaba trazendo implicações para a sociedade que não podem ser previstas quanto ao seu alcance e dano. Um importante passo contra à “mídia da mentira” foi dado pela Europa recentemente, ao ser criado um grupo do governo que, além de combater as notícias falsas e a propagação das mesmas, combate os grupos de pessoas que as criam. Mais órgãos e entidades com esta finalidade deveriam criados tanto em nível governamental como em nível civil. Além disso, é de suma importância que a população seja educada a filtrar o conteúdo que ela assimila. Leitores devidamente educados e aptos a distinguirem uma notícia falsa de uma verdadeira, assim como uma fonte fidedigna de uma não confiável, são a maior arma para o combate às notícias falsas. Se não há quem, não haverá mais motivos para que elas sejam escritas.