Karl Marx acerta, ao afirmar que é preciso modificar o mundo. Um olhar em direção à realidade confirma que viver em sociedade significa estabelecer propósitos que sejam coletivos, ou seja, não se pode compartilhar notícias que interferem numa sociedade sem um conhecimento prévio. Nessa perpectiva, torna-se fundamental compreender que uma notícia falsa pode fazer com que o remetente perca crédito em seu meio. É fato que essa ideia requer, primeiramente, uma entrevista com os noticiadores de matérias não verídicas, pois é necessário que se compreenda a intenção da criação desse tipo de informação. O mais lamentável, contudo, é ter que conviver com a ideia de que o "Hoax" dá mais ibope do que as verdadeiras notícias. Outra questão relevante, nesse debate, é o fato de que ainda não existe uma lei específica para esse tipo de crime. Vale ressaltar, ainda, que ocorreu uma morte, no litoral de São Paulo, de uma dona de casa que foi confundida a partir de um boato que ela sequestrava crianças para utilizar em rituais de magias negras. Assim, fica claro que um simples boato ou uma mensagem mal lida repassada pode gerar consequências eternas a uma família. O desafio que se constrói, a partir da realidade exposta, é que o Ministério da Educação promova ações, como a implementação do estudo de rede social no currículo escolar, a fim de que desde cedo os jovens já aprendam o que deve ser repassado. Para isso, torna-se imprescindível a criação de uma lei que puna os criadores de informações falsas. Além disso, é necessária a conscientização das camadas populares do quão grave uma simples notícia pode causar. Assim, pode-se almejar um futuro em que as informações tenham mais credibilidade.