Com a democratização da Internet, as noticias antes restritas a quem as procurava, agora alcança as massas. A sociedade foi visivelmente beneficiada com a chegada rápida de informações. Entretanto, o comodismo fez com que os usuários acreditassem que a informação que está em determinadas páginas e sites, são verdades absolutas, que não merecem ser refutadas. Em primeiro lugar, parte das pessoas que criam o conteúdo falso, almejam aumentar a popularidade de sites ou páginas, todavia, existem também os que desejam desqualificar movimentos, como o feminismo por exemplo, e reafirmar opiniões pessoais e politicas. Nessa perspectiva, menos de uma semana depois da estudante Maria Eduarda de 13 anos ser baleada enquanto estava na escola, foram divulgadas fotos falsas do que seria uma menina com características físicas semelhantes a vitima ostentando armas, conteúdo que tinha por objetivo justificar a morte da estudante. Esse tipo de conteúdo falso é disseminado por vários usuários e cria um ciclo, em que as pessoas ignoram a ética para alcançar o objetivo desejado, como observou Michel Montaigne ''O contágio é muito perigoso nas multidões, ou você imita o ódio ou você o odeia''. Portanto, é de suma importância a criação de leis que punam donos de sites e páginas que produzam conteúdo falso, com multas e prestação de serviços comunitários. É dever de cada individuo questionar e pesquisar sobre as informações que recebe, e as instituições de ensino - Escolas, creches,e ONGs que trabalham com publico infantil e adolescente - devem produzir debates sobre as consequências do conteúdo falso, e o mais importante é o debate dentro do ambiente familiar, visto que, a maioria das crianças já tem contato com o mundo virtual.