Karl Marx acerta, ao afirmar que é preciso modificar o mundo. Um olhar em direção à realidade confirma que viver em sociedade significa estabelecer propósitos que sejam coletivos, ou seja, não se pode compartilhar informações que não tenham comprovação verídica a fim de se levar vantagem, tanto socialmente quanto economicamente. Nessa perspectiva, torna-se fundamental compreender que uma informação falsa ou um julgamento equivocado pode gerar grandes proporções, podendo inclusive ser resolvido no Judiciário. É fato que essa ideia requer, primeiramente, um estudo acerca da origem e do propósito da circulação das falsas notícias, também conhecidas como "Hoax". Nessa lógica, cabe analisar que, informações falsas e escandalosas geram muita audiência, logo, os sites veinculados a promoção de matérias inexistentes têm muito acesso, com isso, alavancam seus negócios ganhando dinheiro com a publicidade exposta em suas páginas. Sendo assim, mesmo com ideais de que essa prática é incorreta, muitas pessoas a praticam pelo benefício econômico. Outra razão fundamental para a consolidação desse tipo de pensamento é o fato que o ambiente político polarizado tem sido a "era do ouro" para os sites de boatos, por ganharem audiência acarretando benefícios econômicos. Vale ressaltar que, no ano passado, o cantor Gilberto Gil teve problemas com a publicação de uma entrevista, que segundo ele não existiu, envolvendo seu nome e tendo que resolver por meio de uma ação judicial. É lamentável, contudo, que a grande ocorrência de informações falsas acaba gerando uma falta de confiança quando nos deparamos a uma notícia verdadeira, logo, sites e páginas com intuito de publicarem informações verdadeiras também acabam perdendo crédito. Fuca claro, portanto, a necessidade de que o Estado estabeleça como meta a criação de um órgão com objetivo de descobrir e retirar os sites de informações falsas do ar, a fim de que diminua a circulação de boatos na internet. Ainda assim, faz-se necessário a criação de campanhas, por meio do Estado, com intenção de instruir a sociedade de não cair nas notícias falsas e caso tenham dúvida sobre a veracidade da notícia, não compartilhar, com o propósito de dar menos créditos as informações falsas. Só assim será possível que as notícias voltem a ter crédito, possam agregar conhecimento e serem circuladas livremente.