Título da redação:

Hoax: a imprensa informal

Tema de redação: "Hoax", notícias falsas e suas implicações em sociedades

Redação enviada em 13/05/2017

Com a criação da imprensa no século XV, por Johannes Gutenberg, houveram mudanças na circulação de notícias. Nesse cenário, coube ao quarto poder a produção de notícias a partir de uma equipe jornalística profissional – sendo dever dessa o compromisso com a veracidade dos fatos. Atualmente, a criação e compartilhamento de informações falsas –“hoax”-, na internet é cada vez mais recorrente. Tal prática pode ter consequências reais, não apenas na vida daqueles que disseminam o embuste, mas também na vida daqueles que são alvos desses. Nesse sentido, nota-se que uma das causas da problemática é o fato de a sociedade brasileira não ter o hábito de apurar as fontes das notícias que consomem. Dessa forma, tendendo a acreditar em boatos digitais – que na maioria das vezes, tornam-se “verdades absolutas”, devido a sua viralização nas redes sociais e internet. A exemplo disso, no ano de 2013 a empresa Coca-cola foi vítima da disseminação de conteúdo de procedência duvidosa, os quais afirmavam que haviam sido encontrados pedaços de ratos na bebida fabricada pela empresa. Gerando prejuízos a imagem da mesma. Ademais, o uso das mídias sociais como meio de adquirir informação corrobora para a disseminação de notícias mentirosas. Nessa perspectiva, o compartilhamento de falácias por amigos e pessoas de convívio social do leitor contribui para a suposta “veracidade” da notícia, que a cada compartilhamento atinge um número maior de pessoas – ocasionando um efeito cascata - contribuindo para o surgimento de uma imprensa informal e irresponsável. Gerando consequências que vão além do âmbito cibernético. Como exemplo da questão suscitada, o espancamento e morte de uma mulher de 33 anos no estado de São Paulo, após uma página de uma rede social afirmar a mesma sequestrava crianças. Destarte, fica evidente que a disseminação de embustes acarreta prejuízos a sociedade em geral. Sendo assim, é imprescindível que essa prática seja coibida. Para tanto, cabe a população o dever de verificar a procedência do conteúdo antes de compartilhá-lo, a preferência por meios de comunicação reconhecidos e de credibilidade é de extrema importância, para o fim do problema. Além disso, o Estado deve punir aqueles que criam embustes, por meio da criação de leis que tipifiquem o ato como crime. Dessa maneira, a sociedade estará a par dos acontecimentos, sem contribuir com circulação de notícias falsas.